ILHA DOS SENTINELAS

Justiça toma decisão sobre youtuber que invadiu ilha indígena isolada

Turista americano tem fiança negada após tentar contato com tribo isolada em ilha proibida

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Um turista norte-americano foi preso nas Ilhas Andaman e Nicobar, na Índia, após invadir ilegalmente a Ilha Sentinela do Norte, lar de uma das tribos mais isoladas e protegidas do mundo.

Mykhailo Viktorovych Polyakov, de 24 anos, também YouTuber, teve sua fiança negada na última terça-feira (15/4) e segue sob custódia judicial, acusado de violar leis rigorosas que proíbem qualquer contato com os sentineleses. Ele deve comparecer novamente ao tribunal nesta quinta-feira (17/4), enquanto as investigações continuam.

Segundo as autoridades indianas, Polyakov chegou à capital do arquipélago, Port Blair, em 27 de março e, poucos dias depois, foi visto embarcando clandestinamente em um bote inflável motorizado com destino à ilha remota. Ele teria planejado a travessia meticulosamente, estudando as condições do mar e as marés, e navegou por cerca de nove horas até o território proibido.

De acordo com o portal britânico The Independent, na ilha, Polyakov teria deixado uma lata de Coca-Cola Diet e um coco como oferendas, numa tentativa de contato com a tribo. A polícia informou que ele usou binóculos para procurar sinais de habitantes, mas não avistou ninguém.

Toda a jornada foi registrada com uma câmera GoPro, agora apreendida pelas autoridades, juntamente com seu telefone celular e uma garrafa contendo areia do local.

O caso gerou fortes reações entre especialistas e defensores dos direitos indígenas. Caroline Pearce, diretora da ONG Survival International, classificou o ato como "profundamente perturbador" e ressaltou o risco de expor os sentineleses a doenças para as quais não possuem imunidade. "Uma simples gripe pode dizimar uma comunidade isolada como essa. É inacreditável que alguém aja com tamanha imprudência", declarou.

A Ilha Sentinela do Norte é protegida pelo Regulamento de Proteção das Tribos Aborígenes das Ilhas Andaman e Nicobar de 1956, que proíbe a aproximação de qualquer pessoa a menos de cinco quilômetros da costa.

Estima-se que apenas cerca de 150 membros da tribo vivam ali, em total isolamento. Contatos anteriores resultaram em mortes, como a do missionário americano John Allen Chau, morto por flechas em 2018 ao tentar pregar o cristianismo na ilha.

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Se condenado, Polyakov pode pegar até cinco anos de prisão e pagar multa por violar a legislação de proteção às tribos.

Estagiária sob supervisão da subeditora Fernanda Borges

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