ADEUS A FRANCISCO

Funeral do papa acontecerá no sábado, anuncia Vaticano

Fiéis vão poder se despedir do sumo pontífice a partir desta quarta-feira (23/4) na basílica de São Pedro

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O funeral do papa Francisco acontecerá neste sábado (25/4), mas os fiéis poderão dar seu último adeus ao primeiro pontífice latino-americano a partir de quarta-feira na basílica de São Pedro, anunciou o Vaticano nesta terça-feira (22).

A missa fúnebre será celebrada às 10 horas (5h de Brasília) na praça vaticana de São Pedro, localizada diante da basílica de mesmo nome e onde o jesuíta argentino fez sua última aparição pública no Domingo de Páscoa.

"Vi no Dia da Páscoa que o papa estava cansado. Ele deu tudo até o final, até seu último suspiro", declarou à AFP o cardeal franco-espanhol François Bustillo, bispo de Ajaccio. "Ele partiu no meio de seu povo", acrescentou.

O caixão com o corpo de Jorge Mario Bergoglio permanece no momento na capela da residência de Santa Marta, onde ele faleceu na segunda-feira aos 88 anos, vítima de um AVC quase um mês depois de receber alta de uma longa hospitalização por problemas respiratórios.

O Vaticano publicou nesta terça-feira as primeiras imagens oficiais do corpo de Jorge Mario Bergoglio dentro de seu caixão, vestido com uma casula vermelha e mitra branca, com um rosário entre as mãos, escoltado por dois integrantes da Guarda Suíça.

As fotos foram registradas na segunda-feira.

Segundo a imprensa italiana, meio milhão de fiéis são esperados para o funeral, assim como chefes de Estado de todo o planeta, como o ucraniano Volodimir Zelensky. O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que não deve comparecer à cerimônia.

Um dos primeiros a anunciar sua viagem a Roma foi o presidente americano Donald Trump, apesar dos confrontos com Francisco sobre os migrantes. "Estamos ansiosos para estarmos lá!", afirmou na segunda-feira Trump, que será acompanhado por sua esposa Melania.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também confirmou presença, com a esposa Janja, assim como o presidente francês, Emmanuel Macron, os reis da Espanha, Felipe VI e Letizia, além dos chefes de Governo do Reino Unido, Keir Starmer, e da Alemanha, Olaf Scholz, e os dirigentes das principais instituições da União Europeia.

Ao contrário de seus antecessores imediatos, Francisco escolheu a basílica de Santa Maria Maggiore de Roma como local de sepulcro, com uma lápide "simples", com apenas uma palavra: "Franciscus", seu nome de papa em latim.

Antes do sepultamento no sábado, os fiéis poderão contemplar seu caixão de madeira e zinco na basílica vaticana de São Pedro, para onde será levado na quarta-feira às 9h (4h de Brasília) da residência de Santa Marta.

Apesar do estado de saúde frágil desde sua hospitalização em 14 de fevereiro para tratar uma bronquite que avançou para pneumonia bilateral, a morte de Francisco quase um mês após a alta pegou a Igreja Católica de surpresa.

Horas antes, ele teve um encontro com uma multidão por ocasião da tradicional bênção "urbi et orbi" no domingo de Páscoa, após consultar com seu enfermeiro pessoal.

"Obrigado por me trazer de volta à praça", declarou a seu fiel enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappeti, segundo o portal oficial Vatican News.

Na manhã de terça-feira, centenas de jornalistas de todo o mundo começaram a chegar ao Vaticano, onde a polícia controla o o de turistas e fiéis à Praça de São Pedro.

"É muito difícil dizer o que sentimos porque perdemos nosso pai, nosso pastor, um pastor que soube ser pai para todos, um pai de misericórdia", disse à AFP a freira porto-riquenha Magda Martínez, de 53 anos.

A morte ativou a contagem regressiva para a escolha de seu sucessor. O conclave para eleger o novo sumo pontífice deve começar em um prazo de 15 a 20 dias. Mais de dois terços dos 135 cardeais eleitores foram nomeados por Francisco.

Os cardeais, liderados pelo camerlengo Kevin Farrell, celebraram nesta terça-feira sua primeira congregação geral para determinar, principalmente, a data do funeral. A próxima acontecerá na quarta-feira à tarde.

Antes da eleição, as homenagens prosseguem em todo o mundo para o papa "revolucionário", segundo o jornal britânico The Guardian, que se dedicou sem descanso à defesa dos migrantes, do meio ambiente e da justiça social, com um estilo austero e humilde.

"Obrigado por tornar o mundo um lugar melhor. Vamos sentir sua falta", escreveu em sua conta no Instagram o astro do futebol argentino Lionel Messi.

"O papa dos últimos", destaca a imprensa italiana nesta terça-feira, em referência à dedicação de Francisco aos mais desfavorecidos e ao trecho da Bíblia que afirma que "os últimos serão os primeiros no reino dos céus".

"Ele nos encorajou muito, os migrantes, porque dava palavras de incentivo a todos nós que deixamos nossos países", declarou à AFP Marisela Guerrero, uma venezuelana de 45 anos que migrou para o Chile há alguns meses.

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As "condolências" chegaram inclusive da China, que declarou nesta terça-feira estar disposta a "colaborar com o Vaticano para promover a melhora contínua das relações".

Embora durante seu pontificado, iniciado em março de 2013, não tenha questionado posições conservadoras da Igreja em temas como o aborto ou o celibato dos padres, seu estilo próximo ofuscou a oposição conservadora por sua suposta falta de ortodoxia.

Além do fervor popular, o ex-arcebispo de Buenos Aires deixa um legado marcado pela luta contra a pedofilia na Igreja, o estímulo ao papel das mulheres e leigos e por advogar pelo diálogo entre religiões, entre outros.

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