ESCOLHA DO PAPA

Poucas horas: como foi o conclave mais curto da história

Eleição do papa Júlio II, no século XVI, durou apenas algumas horas. Ele foi escolhido por unanimidade

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Após se despedir do papa Francisco, a Igreja Católica se prepara para escolher seu novo líder. O processo se dá por meio de uma votação – o conclave. Enquanto as expectativas crescem, é impossível não lembrar de outros momentos históricos em que o futuro da Igreja foi decidido — às vezes, em pouquíssimo tempo. Um dos exemplos mais impressionantes é o conclave que elegeu o Papa Júlio II no século XVI, considerado o mais curto da história.

Em 1503, o cenário dentro e fora do Vaticano era de extrema tensão. O Papa Pio III havia morrido após apenas 27 dias de pontificado, deixando os cardeais ansiosos para escolher um sucessor que não estivesse atrelado aos interesses da monarquia sa, como havia acontecido anteriormente.

Foi nesse ambiente que o cardeal Giuliano della Rovere se destacou como o candidato perfeito para grande parte do Colégio de Cardeais. Dono de uma rede de alianças firmadas por promessas e favores políticos, ele já contava com forte apoio, inclusive de figuras influentes como César Bórgia, filho do papa Alexandre VI.

Eleição relâmpago

O conclave começou no dia 4 de março, mas antes de começar a votação, os cardeais gastaram dias em Congregações diárias para elaborar as chamadas Capitulações — uma lista de regras e limites que o futuro papa deveria obedecer. Era uma tentativa de controlar o poder papal, impondo compromissos como a realização de concílios regulares, a limitação de nomeações familiares e a preservação da sede da Cúria em Roma.

A votação propriamente dita começou no dia 10 de março, após as leituras protocolares. No primeiro escrutínio, Medici – que ficou encarregado da contagem das cédulas – recebeu apenas um voto. Mas tudo mudou no segundo escrutínio. 

Com as alianças firmadas e os votos praticamente garantidos, Giuliano della Rovere foi eleito  por unanimidade em apenas algumas horas — um feito raríssimo na história da Igreja. Assim, assumiu o nome de Papa Júlio II, conhecido depois como o "Papa Guerreiro", por seu perfil combativo e por fortalecer o poder temporal do papado.

Antes de ser papa

A ascensão de Júlio II foi precedida por uma longa história de rivalidades e intrigas. Anos antes, no conclave de 1492, Giuliano della Rovere viu seu adversário Rodrigo Bórgia ser eleito como papa Alexandre VI, após um acordo secreto e uma vitória esmagadora.

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Derrotado, Della Rovere se exilou e buscou apoio no exterior, inclusive incentivando o rei francês Carlos VIII a intervir nos assuntos italianos. A oportunidade de revanche veio apenas anos depois, com a morte de Alexandre VI e, posteriormente, de Pio III.

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