Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Elizabeth Tamilore Odunsi foi encontrada morta no apartamento em que morava. Colega de quarto é principal suspeito crédito: Acervo pessoal
A estudante de enfermagem Elizabeth Tamilore Odunsi foi encontrada morta no apartamento em que morava, em Houston, nos Estados Unidos, duas semanas antes de sua formatura. O principal suspeito é Chester Lamar Grant, colega de quarto da britânica. O crime teria sido motivado por uma discussão sobre um animal de estimação.
A briga aconteceu dias antes do crime, segundo jornais locais. O corpo foi encontrado no último dia 26 de abril, quando a polícia realizou uma verificação de bem-estar no apartamento da estudante. Os agentes entraram na residência após ver sangue na área externa.
Dentro do apartamento, encontraram o corpo de Elizabeth com pelo menos seis facadas. Chester, de 40 anos, foi encontrado no quarto ao lado e levado em estado crítico ao hospital. Ele teria tentado se matar após ass a jovem, conforme relatou a polícia de Houston à CBS.
Odunsi e Grant moravam juntos há cerca de dois meses. O homem foi preso no último sábado, acusado de homicídio, e compareceu ao tribunal nesta segunda para audiência de custódia.
Elizabeth tinha 23 anos e contava nas redes sociais sua rotina como britânica morando nos Estados Unidos. Ela somava mais de 30 mil seguidores no TikTok.
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A última publicação foi feita em 21 de abril. No post, ela escreveu que estava pronta para se formar e se preparava para tirar férias.
No dia 8 de agosto de 1963, um crime impactou o Reino Unido pela ineditismo, meticulosidade e ousadia: o assalto ao trem pagador.
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Na madrugada daquele verão europeu, uma quadrilha formada por 17 criminosos (15 ladrões e dois informantes) roubou mais de uma centena de malotes de dinheiro de um trem que transportava valores bancários de Glasgow, na Escócia, para a estação de Euston, em Londres, capital da Inglaterra.
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De acordo com as investigações conduzidas à época, Bruce Reynolds (foto), líder do bando ao lado de Ronald Biggs, foi avisado por um informante de Glasgow que o comboio havia partido com os milionários depósitos bancários na bagagem.
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A quadrilha interceptou a locomotiva quando ela ava sob uma ponte distante 65 quilômetros de Londres, nas proximidades da cidade inglesa de Cheddington.
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Para isso, Reynolds utilizou um dispositivo que adulterou as luzes do semáforo, o que fez o trem parar abruptamente.
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O ajudante do maquinista desceu do trem para averiguar o porquê da parada e foi surpreendido pelos bandidos. Disfarçados de soldados, integrantes da gangue o amarraram e invadiram o veículo ferroviário.
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No interior do trem, o maquinista Jack Mils reagiu e acabou atingido por um violento golpe de barra de ferro. Em seguida, os ladrões transferiram um total de 118 malotes de dinheiro da locomotiva para caminhonetes. A operação durou cerca de 20 minutos.
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O montante roubado pelo bando de Reynolds e Biggs - 2,6 milhões de libras (o equivalente a 4,2 milhões de dólares, à época - fez do crime o maior assalto a uma ferrovia no século 20. Apenas a quantia de 300 mil libras foi recuperada pelas autoridades britânicas.
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Nos meses seguintes, a polÃcia inglesa conseguiu capturar todos os criminosos, exceto justamente a dupla Reynolds e Biggs.
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Roger Codrey e Willian Boal foram os primeiros detidos, em um apartamento londrino. Em menos de um ano, 11 integrantes do bando foram presos e condenados a penas entre 20 e 30 anos de reclusão.
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Bruce Reynolds ou cinco anos foragido, período em que fez cirurgias plásticas, alterou sua identidade e viveu entre o México e o Canadá. Em 9 de novembro de 1968, ele, enfim, foi capturado e condenado a 25 anos de prisão.
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Em uma fuga com ares cinematográficos, Ronald Biggs ou por vários paÃses antes de desembarcar no Rio de Janeiro munido de aporte falso. Ele viveu por mais de 30 anos no Brasil.
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No Brasil, Biggs teve um filho, Michael Biggs, que ficou famoso nos anos 80 como integrante da banda infantil Turma do Balão Mágico, ao lado de Simony, Toby e Jairzinho.
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Em 1974, Biggs foi identificado pelo repórter de um tabloide britânico em Copacabana. Na época, a bailarina Raimunda de Castro já estava grávida do filho do criminoso e, sem acordo de extradição entre Brasil e Inglaterra, ele pôde permanecer em solo brasileiro.
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No Rio de Janeiro, Ronaldo Biggs levou uma vida nada discreta. Ele lançou uma autobiografia, fez ponta em filme, abriu uma casa noturna e até participou da gravação de uma faixa de disco do Sex Pistols, grupo de punk rock britânico.
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Apenas em 2001, Biggs se entregou à polícia britânica e foi conduzido à prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres.
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Com a saúde fragilizada, Biggs foi libertado em 2009 e morreu em um asilo para idosos quatro anos mais tarde, aos 84 anos.
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Por sua engenhosidade e repercussão, o assalto ao trem pagador no Reino Unido cometido pelo bando de Reynolds e Biggs acabou inspirando filmes.
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Entre os longa-metragens inspirados no episódio está "Os 26 do Expresso Postal" (1967). Livros sobre o crime também foram publicados na Inglaterra. Reprodução
A família da jovem criou uma vaquinha online para levar o corpo para o Reino Unido e cobrir as despesas do funeral. Até o momento, a campanha arrecadou mais de £ 60 mil (mais de R$ 460 mil).
Na página da vaquinha, a família descreve a jovem como "uma bela alma, cheia de luz, ambição e bondade" e que ela se mudou para os Estados Unidos para "perseguir seu sonho de se tornar enfermeira, dedicando-se a uma vida de cuidado e serviço". "Uma perda inimaginável em um momento que deveria ter marcado o início de um futuro brilhante e promissor", diz o perfil.