Ibama autoriza Petrobras a avançar com pesquisa na Margem Equatorial
compartilhe
Siga noO megaprojeto para prospectar petróleo em uma área marítima perto da foz do rio Amazonas, no Amapá, fortemente criticado por ambientalistas, avançou nesta segunda-feira (19) no processo para a obtenção de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A Petrobras quer iniciar perfurações exploratórias em uma zona marítima de cerca de 350.000 km² na chamada Margem Equatorial, a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas, no norte do país.
Suas reservas potenciais são estimadas em 10 bilhões de barris de petróleo. Em 2023, o Brasil alcançou 15,9 bilhões de barris em reservas comprovadas.
O projeto conta com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em sua defesa, costuma argumentar que o país precisa de fontes de financiamento para a transição energética.
Mas, ao mesmo tempo, o dirigente quer que o Brasil lidere a luta contra o aquecimento global, quando o país se prepara para sediar a cúpula do clima COP30 em Belém, no Pará, em novembro.
O Ibama "aprovou [...] o conceito" de um plano de proteção da fauna na Bacia da Foz do Amazonas, diz um comunicado difundido nesta segunda.
Mas esse avanço "não configura a concessão de licença para o início da realização da perfuração exploratória".
Para continuar, o Ibama realizará "vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada, que testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo".
ll/arm/rpr