Governo do Sudão nega uso de armas químicas após acusação dos EUA
compartilhe
Siga noO governo sudanês negou, nesta sexta-feira (23), ter utilizado armas químicas na guerra contra os paramilitares em 2024, depois das acusações dos Estados Unidos.
"Estas acusações sem fundamento não são mais do que uma chantagem política e uma falsificação deliberada dos feitos", afirmou o ministro da Informação, Khalid al-Aiser, em um comunicado, no dia seguinte que Washington anunciou o início de sanções contra o Sudão.
O Sudão está imerso, desde abril de 2023, em uma luta sangrenta de poder entre o general Abdel Fatah al Burhan, chefe do exército, e seu ex-subordinado Mohamed Hamdan Daglo, líder das Forças de Apoio Rápido (FAR) paramilitares.
Dezenas de milhares de pessoas morreram por conta desta guerra e 13 milhões foram deslocadas. As Nações Unidas a consideram como a "pior crise humanitária" na atualidade.
Os Estados Unidos fizeram um chamado na quinta-feira "ao governo do Sudão a cessar o uso de armas químicas", sem esclarecer a data ou o lugar em que teriam sido usadas, e a respeitar seus compromissos internacionais.
Segundo um informe do jornal The New York Times em janeiro, que citou altos cargos dos EUA, o Exército do Sudão usou armas químicas ao menos em duas ocasiões contra paramilitares em regiões remotas do país.
O Departamento de Estado também indicou que irá impor sanções ao país africano, "que incluirão restrições às exportações americanas e ao o às linhas de crédito do governo dos Estados Unidos".
Na prática, o efeito será limitado, já que tanto o chefe do Exército como o líder dos paramilitares já estão sob sanções dos EUA.
bur-nda/tp/hgs/eg/jmo/aa