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Trump assina decretos para impulsionar energia nuclear civil nos EUA

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O presidente Donald Trump firmou nesta sexta-feira (23) uma série de ordens executivas para impulsionar a produção de energia nuclear civil nos Estados Unidos, que também incluem uma redução dos processos regulatórios sobre uma tecnologia que ainda gera controvérsia.

A medida coincide com o crescente interesse em energia nuclear nos Estados Unidos, apesar dos altos custos de construção dos reatores e de ser um tema ainda considerado politicamente delicado devido ao desastre de Fukushima, no Japão, em 2011.

"Firmamos importantes ordens executivas que vão realmente nos transformar na verdadeira força desta indústria", declarou Trump aos jornalistas, ao os quatro decretos no Salão Oval.

Segundo um assessor da Casa Branca, o presidente americano busca um "renascimento" da energia nuclear civil nos Estados Unidos, com a ambição de quadruplicar a produção de energia nuclear nos próximos 25 anos.

Trump afirmou que buscará construir reatores menores, como os que requerem as empresas de tecnologia e inteligência artificial com enormes necessidades energéticas.

Os decretos também reformam a comissão reguladora nuclear americana para que as decisões sobre a construção de novos reatores sejam tomadas no prazo de 18 meses.

Trump negou que acelerar o processo de regulação possa comprometer a segurança.

"Conseguiremos isso muito rapidamente e com grande confiabilidade", prometeu. "É a hora da energia nuclear, e estamos indo com tudo."

Os Estados Unidos continuam sendo a maior potência nuclear civil do mundo, com 94 reatores em operação, mas sua média de idade está aumentando (42 anos).

"Queremos estar em posição de testar e implementar reatores nucleares durante o mandato atual", ou seja, antes de janeiro de 2029, indicou um alto responsável da Casa Branca, que pediu para não ser identificado, durante uma troca de palavras com jornalistas.

- 'Emergência energética' -

Ao assumir em janeiro, Trump declarou uma "emergência energética" para aumentar a exploração de petróleo e gás e reverter as políticas climáticas de seu antecessor democrata, Joe Biden. Mas agora Trump também aposta na energia nuclear para satisfazer a crescente demanda por energia.

Grande parte desta demanda provém das gigantes tecnológicas americanas, como Amazon, Microsoft e Google, que firmaram recentemente acordos de energia nuclear em sua busca por fontes de eletricidade livres de carbono.

Duas companhias energéticas americanas também se preparam para reativar centrais nucleares, incluindo a Three Mile Island, onde, em 1979, ocorreu o pior acidente nuclear comercial na história dos Estados Unidos.

O secretário de Interior, Doug Burgum, disse que o desafio é "produzir eletricidade suficiente para ganhar o duelo de inteligência artificial com a China".

O interesse de Trump em impulsionar a mineração e o enriquecimento de urânio também reflete o fato de os Estados Unidos importarem a maior parte deste metal necessário para alimentar as centrais nucleares.

Os Estados Unidos compraram a maior parte do urânio de Canadá, Austrália, Rússia, Cazaquistão e Uzbequistão em 2023, mas, em 2024, proibiu as importações da Rússia devido à invasão da Ucrânia por parte de Moscou.

A energia nuclear experimentou um ressurgimento nos últimos anos na medida em que os países buscam fontes energéticas livres de carbono e enfrentam o aumento de preços pela guerra na Ucrânia.

A França, que continua sendo o país mais nuclearizado por habitante, com 57 reatores, anunciou em 2022 um novo programa de seis ou até 14 reatores, o primeiro esperado para 2038.

A China está empatada atualmente com a França, com 57 reatores em seu território, e tem outros 27 em construção. A Rússia, por sua vez, continua sendo o maior país exportador de usinas nucleares, com 26 reatores em construção, dos quais seis estão em seu próprio território.

dk-aue-ad/nn/rpr/am

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