Quadrilha de roubo de celulares usa moradores de rua como laranjas
Criminosos ofereciam R$ 50 para as pessoas abrirem contas virtuais e receberem os valores transferidos de aplicativos dos aparelhos das vítimas
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Siga noRIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Uma quadrilha investigada por roubo e receptação de celulares está usando contas bancárias abertas por pessoas em situação de rua para transferir dinheiro via Pix do aparelho das vítimas, diz a Polícia Civil do Rio.
A Drim (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial) realizou neste fim de semana a Operação Rastreio, que terminou com 16 presos. Segundo a polícia, o alvo foi o núcleo daquela que seria a maior quadrilha de roubo e receptação de celulares do Rio de Janeiro.
Segundo o delegado Victor Diegues, parte do grupo ficava responsável por cooptar pessoas em situação de rua. Em troca de R$ 50, essas pessoas abriam contas virtuais em bancos e serviam de laranjas para o recebimento dos valores transferidos de aplicativos de celulares de vítimas dos roubos.
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A quadrilha tem experiência em desbloqueio de aparelhos. A Polícia Civil também apreendeu na operação computadores usados para ar os dados dos celulares roubados, além de cerca de 200 aparelhos e R$ 10 mil em espécie.
O grupo atuava no Camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio. Diegues acrescentou que os suspeitos atuavam no local e inclusive amedrontavam comerciantes que não concordavam com o esquema de venda de aparelhos roubados.
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Dos detidos, cujas identidades não foram divulgadas, 15 possuem antecedentes criminais, segundo a polícia. Seis deles já tinham sido presos na própria Uruguaiana, mas foram soltos após alguns dias.
Parte dos presos também vendia cursos virtuais para desbloqueio de celulares. O grupo mantinha um escritório equipado com softwares e ferramentas tecnológicas de ponta, além de operar um verdadeiro "plantão criminoso" de compra e revenda de celulares roubados, com atividades 24 horas por dia, segundo a polícia.
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Criminosos estavam preparados para receber celulares de show de Lady Gaga. Além da atuação diária em áreas comerciais, a quadrilha também tinha forte presença em grandes eventos, onde o furto de aparelhos se intensifica.