
Zema justifica ausência em ato de 8/1: 'Se transformou em evento político'
Após confirmar presença, governador mineiro chegou a ir à capital federal, mas desistiu de participar de evento que recorda atos antidemocráticos
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Siga noRomeu Zema (Novo) justificou sua ausência repentina no evento "Democracia Inabalada" por ter sido advertido que se tratava de uma cerimônia política. O governador mineiro havia confirmado presença no ato ocorrido no Congresso Nacional nesta segunda-feira (8/1), mas refugou momentos antes do início.
O evento reuniu diversas autoridades para recordar o aniversário dos atos golpistas ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Durante a cerimônia, discursaram nomes como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes; e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
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Segundo Zema, ele decidiu não participar do evento e fez críticas sobre o que considerou um teor politizado do ato, mantendo o discurso "outsider" utilizado desde sua primeira corrida ao Governo de Minas, em 2018.
“Estava prevista minha ida a um evento institucional no Congresso, mas, infelizmente, recebi informações de que ele se transformou em um evento político e não irei mais. Sou totalmente favorável à democracia. Aqueles que praticaram vandalismo precisam ser punidos. E o Brasil precisa depender menos de política e mais de gestão para resolver seus problemas. É isso que estamos fazendo em Minas Gerais”, disse Zema em vídeo publicado em suas redes sociais.
Leia mais: 8 de janeiro: depois de confirmar presença, Zema desiste de ir ao ato
Além do ato no Congresso, o governador tinha uma agenda com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, para discutir a dívida de Minas com a União, que atualmente gira na casa dos R$ 160 bilhões. A reportagem tentou contato com a assessoria de Zema para saber se o encontro aconteceu. Até a última atualização desta matéria, não houve resposta.
Há um ano, milhares de manifestantes bolsonaristas frustrados com o resultado da eleição presidencial de 2022 invadiram a sede dos três Poderes em Brasília e depredaram o patrimônio público. Zema foi o coordenador do braço mineiro da frustrada campanha de Jair Bolsonaro (PL) em busca da recondução à Presidência da República.