
PF: 'Abin paralela' espionou aliados, deputados e governadores
Ministro da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro e um dos principais aliados do ex-presidente, Anderson Torres foi um dos espionados
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Siga noA lista de pessoas que foram espionadas ilegalmente pela 'Abin paralela' durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem aliados, ministros e até integrantes da MI da COVID-19. Elas foram rastreados pelo programa Firstmile, usado para apontar a localização das pessoas.
Os ex-ministros Abraham Weintraub, da Educação, e Anderson Torres, da Justiça, Flávia Arruda e o general Santos Cruz, secretários de governo, são alguns dos aliados monitorados, segundo apurado pela Band.
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Os então deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018, Alexandre Frota, que rompeu com o então presidente pouco após ele ser empossado, e Rodrigo Maia (PSDB-RJ), na época presidente da Câmara dos Deputados, também estão na lista.
Os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (MDB-SE), Renan Calheiros (MDB-AL), Simone Tebet (MDB-MS), Soraya Thronicke (MDB-MS) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) também fazem parte da seleção.
O ex-apoiador de Bolsonaro e ex-governador de São Paulo João Doria e o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT-CE) são outros espionados.
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O trabalho da Polícia Federal demora pois os dados coletados dão o aos números de telefone e não aos nomes. Ao todo, mais de 60 mil telefones foram ados pelo programa.
A Polícia Federal vem fazendo uma série de operações sobre o tema. O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ) seria o responsável pelo monitoramento ilegal. O responsável, segundo apontam as investigações, é o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos).
Os dois suspeitos negam qualquer participação no esquema de espionagem ilegal.