
Preso stalker acusado de ameaçar e perseguir candidata a vereadora
Coordenadora do MBL e candidata a vereadora por São Paulo, Amanda Vettorazzo teve que cancelar agenda de campanha após receber ameaças de morte
compartilhe
Siga noPor Juliana Sousa*
Um homem foi preso preventivamente na segunda-feira (30/9) após tentar se aproximar, armado com uma faca de açougueiro, da candidata Amanda Vettorazzo (União Brasil), que disputa o cargo de vereadora em São Paulo. Após o incidente, que ocorreu durante um encontro com eleitores, o suspeito foi levado à Cadeia Pública de Mogi das Cruzes. Ele é acusado de perseguição e de ameaça à candidata.
Segundo a denúncia, Rafael Oliveira, 33 anos, agia como stalker nas redes sociais de Amanda, nas quais o homem dizia que ia esfaqueá-la. Na última sexta-feira (27), ele foi a um dos lugares divulgados para a campanha da candidata, onde afirmou aos presentes que “Amanda estava com os dias contados”.
03/10/2024 - 09:08 40% do eleitorado não se identifica com nenhum espectro político 03/10/2024 - 09:26 'Se o G20 fizer o dever de casa, muda 80% da realidade', diz Marina Silva 03/10/2024 - 09:20 Quadrilha dá golpe em parlamentares em esquema milionário de desvio de milhas
Coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL), a candidata precisou pausar sua campanha durante a reta final por medo das ameaças. A agenda foi modificada e ela cancelou atos como panfletaços e carreatas.
“Minha campanha foi muito prejudicada. É diferente quando eu não estou em campanha porque eu posso não falar onde eu estou, não tem problema. Em uma campanha eleitoral, eu tenho que avisar para as pessoas onde eu estarei, avisar meu eleitor. Mas, se eu estou atraindo meu eleitor, consequentemente, eu estou atraindo o Rafael. Então, eu tive que cancelar a última semana de agendas, não era só minha vida que estava em risco”, lamentou a candidata.
O suspeito já havia sido detido no último 7 de setembro portando uma faca. À época, em depoimento, ele confessou que planejava abordar a candidata a vereadora para “tirar satisfações”, tendo sido liberado ainda naquele fim de semana. Segundo Amanda, no minuto em que Rafael saiu da delegacia, as mensagens continuaram.
“Aí está uma dificuldade para a mulher. Eu estava tentando uma medida protetiva desde o dia 7, mas eu não tive essa medida protetiva. Quantas mulheres morrem aguardando a medida protetiva? Ele poderia ter me matado na segunda-feira”, apontou.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro