Ministro da Defesa já esperava por enquadramento de militares
Para José Múcio, indiciamentos já estavam precificados. Nas Forças Armadas houve burburinho, mas sem desconforto institucional
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O ministro da Defesa, José Múcio, não se surpreendeu com o resultado da investigação da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado entre o final de 2022 e o início de 2023. Múcio viajava a bordo de um jato da FAB de Brasília para São Paulo, onde participa de um almoço na Fiesp nesta sexta, quando saiu a notícia oficial sobre a conclusão da investigação da PF, com o indiciamento de mais de duas dezenas de militares.
À diferença da surpresa causada pela operação de terça, quando veio à luz o plano arquitetado por um grupo de militares para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, desta vez Múcio recebeu a informação com naturalidade. A interlocutores, ele disse que os indiciamentos já estavam precificados.
Na cúpula das Forças Armadas, há um certo burburinho com a expectativa, existente a partir de agora, por um inédito julgamento no STF que envolverá vários oficiais de alta patente – incluindo seis generais e um almirante. Nada, porém, capaz de gerar um mal-estar institucional.
