‘Minas fala, mas está concordando’, diz Lula sobre adesão ao Propag
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista exclusiva à Rádio Tupi, dos Diários Associados, na manhã desta quinta (20/2)
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Siga noO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre a dívida dos estados em entrevista à Rádio Tupi, dos Diários Associados, nesta quinta-feira (20/2). Entre os estados com maior valor a ser pago à União, Minas Gerais entrou no assunto como um estado que “fala (mal), mas está concordando”. A fala do presidente faz referência às críticas que o governador do estado Romeu Zema (Novo) fez aos vetos de Lula ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag).
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“O Propag não é bom para o governo federal, é bom para os estados. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro devem aderir. Minas fala, mas está concordando”, disse Lula. O governador mineiro inicialmente afirmou pelas redes sociais que o estado não entraria no Propag caso Brasília não derrubasse os vetos do presidente no texto do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Porém, Zema anunciou que irá iniciar as discussões para a adesão do programa na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em março.
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PEC da Segurança Pública
Questionado sobre a atuação do governo federal nas favelas, Lula afirmou que há resistência de governadores: “Muitas vezes não querem que o governo se intrometa, a polícia é uma força para eles”, disse o presidente.
“É um problema do país todo, até por excessos da própria polícia, falta de estrutura. Temos que ter câmeras nas fardas para saber se o militar vai ser agressivo quando entra na favela. A polícia precisa estar constantemente na vida cotidiana da favela e se for necessário alguém vai morrer. Os governadores não querem, me pedem para emitir GLO (Garantia da Lei e da Ordem), eu não vou fazer isso”, afirmou.
Colecionando embates com Lula, Zema se recusou a ir até Brasília em novembro de 2024 para debater a PEC da segurança pública. “Nós temos visto um governo que tem procurado debater sobre o crime e não combater o crime. Por esse motivo, eu não fui a Brasília”, justificou o chefe do Executivo mineiro à época.