Lula sobre Trump: ‘Aprendi a não ter medo de cara feia’
Presidente fez discurso nacionalista durante visita à fábrica da Stellantis, em Betim, na Grande BH, e disse: "O Brasil não aceita ser menor do que ninguém"
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Siga noO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu respeito ao magnata republicano. Durante evento na fábrica da Stellantis, no polo automotivo de Betim, na Grande BH, nesta terça-feira (11/3), o petista adotou um tom nacionalista no seu discurso e disse que o “Brasil não aceita ser menor do que ninguém”.
Lula destacou os números da macroeconomia, citando o crescimento da economia brasileira, os números da geração de emprego e a reforma tributária. “Todo mundo vai ganhar porque nós não queremos o Brasil para nós, queremos o Brasil para vocês. É por isso que eu digo sempre: não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia”, disse o presidente.
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“Fale manso comigo, fale com respeito comigo, porque eu aprendi a respeitar as pessoas. Quero ser respeitado, é assim que a gente vai governar esse país, é assim que a gente vai governar esse país”, completou.
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O Brasil tem sido constantemente citado por Trump no âmbito da guerra comercial que o republicano tem travado na política externa. O presidente norte-americano tem feito uma série de críticas ao que ele considera uma balança comercial injusta com seu país, adotando o lema de “America first” (Estados Unidos em primeiro lugar).
Como consequência, ele aumentou impostos para uma série de produtos e países, em especial México e Canadá. No que atinge o Brasil, em fevereiro Trump anunciou uma taxa de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Esses produtos brasileiros tem como principal destino os Estados Unidos, sendo que Minas Gerais é o segundo estado que mais exporta para os americanos.
Em discurso, Lula ainda fez uma série de elogios ao setor automobilístico e disse esperar que a indústria brasileira volte a ser exemplo mundial. “Ano que vem a gente vai poder se encontrar e dizer: ‘finalmente a indústria automobilística brasileira voltou a ser exemplo mundial e o Brasil ou a ser um país respeitado’. O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser menor. Queremos ser iguais, porque sendo iguais a gente aprende a se respeitar mutuamente”, completou.
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