Manifestantes se concentram na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital, neste domingo (16/3), contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. 

Com camisas verde e amarelas, bandeiras do Brasil e de Israel, eles apoiam ainda o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Bem em frente ao Palácio da Liberdade foi estacionado um carro de som, com um boneco inflável do ex-presidente, além de uma faixa com os dizeres: “Presidente Bolsonaro, estamos com você!” Adesivos de “Fora Lula” também estão sendo distribuídos. 

Uma faixa em apoio ao general Braga Neto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, em 2022, também foi colocada ao lado do carro de som. 

Um dos organizadores do ato, Márcio Kakau, do Movimento Pró Brasil diz que os manifestantes estão apenas lutando pela liberdade. 

“Minas precisa da liberdade, liberdade de expressão, liberdade de falar, de participar, de ouvir e hoje o Brasil está carente disso, não temos isso. Precisamos dessa força e aqui é uma oportunidade de mostrar a realidade do que o povo está sentindo. 

O pastor Charles Leôncio, do Movimento Direita Cristã, concorda. “Nós estamos a favor da liberdade de expressão, a favor da Constituição e sobretudo do povo brasileiro que clama por justiça. Nosso único clamor é justiça. Anistia já que é um preceito legal, isso está na lei. “Nosso ato é legítimo porque temos uma licença da lei e a liberdade de expressão para clamar por liberdade, por anistia dos nossos irmãos patriotas que ainda se encontram encarcerados por um ato que a gente compreende ser ilegítimo.” 

Manifestação reuniu poucas pessoas em BH Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Faixa pede apoio ao general da reserva Braga Netto, preso na investigação do golpe Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Faixa lembra mulher denunciada por pichar o STF com um batom Edésio Ferreira/EM/D.A Press
O pastor Charles Leôncio, do Movimento Direita Cristã, concorda. "Nós estamos a favor da liberdade de expressão" Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Márcio Kakau, do Movimento Pró-Brasil disse que os manifestantes estão apenas lutando pela liberdade Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Ex-jogador de futebol Euler, 'o filho do vento' Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Manifestantes usaram uma faixa com os dizeres: ‘Presidente Bolsonaro, estamos com você’. Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Protesto na Praça da Liberdade reuniu pessoas pedindo anistia aos condenados do 8/1 de 2023 Edésio Ferreira/EM/D.A Press

Cancelamento e manutenção

O evento em BH chegou a ser cancelado por orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que quer concentrar esforços no ato que acontece também hoje em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde espera reunir mais de um milhão de apoiadores. A pauta definida pelo político é a anistia aos presos pelos atos na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. 

Porém, parte das lideranças que não se alinham integralmente ao bolsonarismo defendeu a manutenção do ato "Fora Lula" na Praça da Liberdade, mesmo sem a presença dos políticos mais populares da direita. Nomes como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o vereador mais votado de BH, Pablo Almeida (PL) e o deputado estadual Bruno Engler (PL) aram a focar na manifestação do Rio de Janeiro

De acordo com os organizadores, a decisão de manter o ato em BH se deu pelo entendimento que há uma orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela preferência da concentração em Copacabana, mas não uma proibição da realização de atos em outras cidades.

União contra um 'inimigo comum"

O ato começou com a execução do hino nacional e com a oração de um ‘Pai Nosso’. Lideranças de movimentos de direita se revesavam nos discursos que eram sucedidos de gritos de “Anistia já”, “Supremo é o povo” e “volta Bolsonaro”. Sobre um possível racha na direita, por causa da manutenção do ato na capital, um dos organizadores disse que “é preciso se unir contra um inimigo comum.”

Sem figuras conhecidas da direita, como o deputado Nikolas Ferreira, que foram para a manifestação na praia de Copacabana, no Rio, apenas o vereador Bráulio Lara (Novo) esteve presente ao ato na capital. Observando os discursos, um pouco afastado dos bolsonaristas que estavam em frente ao trio, Lara, usando camiseta preta, disse que é preciso haver respeito às leis, no país.  

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“Buscamos um país onde haja de fato igualdade, que exista respeito na lei perante todos, da mesma forma. Acho que, hoje, com a forma como as coisas estão sendo conduzidas, vemos uma justiça parcial, não respeito ao processo legal. O Brasil está muito desorganizado e isso é muito ruim. Precisamos falar de democracia de forma plena e não de forma tendenciosa e, às vezes, de forma ditatorial, como está acontecendo”, declarou. 

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