PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) - O líder chinês, Xi Jinping, em seu primeiro pronunciamento após o acordo temporário entre Pequim e Washington para suspender a guerra tarifária, afirmou que "bullying e hegemonismo só levam ao autoisolamento", sem citar diretamente os Estados Unidos ou o acerto do dia anterior. 

No mesmo evento, o presidente Lula afirmou que "a imposição de tarifas arbitrárias só agrava a situação" de desequilíbrio já existente no comércio mundial, em prejuízo de países em desenvolvimento.

 

Xi afirmou que, "diante da onda crescente do unilateralismo e do protecionismo, a China está pronta para juntar as mãos com seus parceiros da América Latina e do Caribe" e prometeu estimular investimentos chineses na região.

Os dois mandatários e outras autoridades discursaram durante o Fórum China-Celac, encontro interministerial com representantes dos países latino-americanos que surgiu há uma década, em Pequim, e do qual Xi afirmou ter "orgulho".  

O líder chinês agradeceu o apoio ao princípio de uma só China, referência à ilha de Taiwan, e lembrou a crítica histórica chinesa ao embargo de Cuba pelos EUA. Citou a cooperação em satélites, iniciada com o Brasil há quatro décadas, como "modelo" para a relação com a América Latina.

"Nossa região não deseja ser palco de disputas hegemônicas, não queremos encenar uma nova Guerra Fria", afirmou Lula, fazendo depois um "alerta aos companheiros da América Latina", de que "não há saída para nenhum país individualmente". 

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Encerrou dizendo: "Ou nós nos juntamos, entre nós, e procuramos parceiros que queiram construir um mundo compartilhado, ou a América Latina tende a continuar uma região de pobreza. Não depende do presidente Xi, não depende do presidente dos Estados Unidos, da União Europeia, depende da gente".

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