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Ataque de asma: entenda como menino morreu ao brincar em cama elástica

Os fatores de risco da asma são divididos em ambientais (poeira, ácaro, pólen etc.) e pessoais, como genética, obesidade, gênero, entre outros

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Um garoto britânico de 10 anos morreu repentinamente de um ataque de asma ao brincar em uma cama elástica, em Portsmouth, no Reino Unido. A morte ocorreu em março de 2023, mas o caso ganhou novamente a mídia esta semana.

A mãe do garoto, Belinda Dowling, contou, à época, que o menino se divertia na escola com o irmão e, de repente, ele desceu da cama elástica, indo ao encontro dela. “Ele veio até mim e disse que precisava do inalador. Entreguei, mas parecia que não estava funcionando e ele começou a entrar em pânico”, relatou. Desesperada, a mãe ligou para o serviço de ambulância, mas Warren já estava ficando "azul" e parando de respirar. O pai dele chegou a fazer uma massagem cardíaca até a chegada do socorro, mas não foi suficiente.

A asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, juntamente com a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). As principais características dessa doença pulmonar são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã, ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas.

Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e baratas, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório - VSR - e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente). Para os fatores genéticos - característicos da própria pessoa -, destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite, e obesidade, tendo em vista que pessoas com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios como a asma.

Leia: Pessoas com asma alérgica podem ter maior risco para doença cardiovascular

A doença pode ser controlada e o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o tratamento. Para isso, a orientação é que o paciente procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Lá, o profissional de saúde terá todas as orientações relacionadas ao tratamento e à prevenção de crises, o que inclui entender os sintomas e sinais de agravamento.

Asma tem cura?

A asma não tem cura, mas com o tratamento adequado os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso, é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante, já que a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida absolutamente normal.

Leia: 10 coisas que você precisa saber para conviver melhor com a asma

Asma pode matar?


Sim, a asma pode matar em casos extremos e raríssimos. Quando a crise está muito intensa e não é feito o tratamento correto, pode levar à morte. Se a pessoa tiver alguma outra complicação clínica (problema de saúde), o corpo pode ficar ainda mais debilitado. No surgimento dos primeiros sintomas, procure um médico imediatamente.

Os sintomas

A asma tem sintomas bem característicos, mas alguns deles podem ser confundidos com os de outras doenças. Para um diagnóstico adequado ou seguro, o ideal é procurar um profissional de saúde assim que sentir qualquer desconforto.

  • Tosse seca
  • Chiado no peito
  • Dificuldade para respirar
  • Respiração rápida e curta
  • Desconforto torácico
  • Ansiedade

O diagnóstico

O diagnóstico da asma é principalmente clínico, obtido depois da consulta e da avaliação feitas pelo médico, mas também é confirmado pelo exame físico e pelos exames de função pulmonar (espirometria). Sempre que possível, o médico solicitará a prova de função pulmonar para confirmar o diagnóstico e classificar a gravidade de cada caso. Em crianças de até cinco anos, o diagnóstico é somente clínico, tendo em vista a dificuldade de realizar outros exames funcionais e complementares.

Na consulta, o médico vai perguntar, entre outras coisas, se a pessoa tem ou teve episódios recorrentes de falta de ar e chiado no peito; se já usou broncodilatador oral ou inalatório para aliviar os sintomas; se há episódios de tosse persistente, principalmente à noite e no início da manhã; se acorda com frequência à noite por causa de falta de ar ou os de tosse; se nota algum dos sintomas após exposição a mofo, poeira, animais, fumaça de cigarro, perfumes ou depois de resfriados, riso e choro; e se alguém da família tem ou teve asma, alergias ou outros problemas respiratórios.

O pulmão de uma pessoa asmática é mais sensível, o que faz com que fatores externos, como a poeira, causem falta de ar, o que normalmente não aconteceria em alguém que não tem a doença.

Possíveis complicações

A asma pode desencadear uma série de processos que podem resultar em complicações, algumas graves.

As principais complicações da asma são:

  • Capacidade reduzida de se exercitar ou fazer outras atividades
  • Insônia
  • Alterações permanentes no funcionamento dos pulmões
  • Tosse persistente
  • Dificuldade para respirar, a tal ponto que precise de ajuda (ventilação)
  • Hospitalização e internação por ataques severos de asma
  • Efeitos colaterais de medicações usadas para controlar a asma
  • Morte


Fatores de risco

Os fatores de risco podem ser divididos em ambientais e próprios do paciente, como é o caso dos aspectos genéticos, obesidade e sexo masculino (durante a infância). Os fatores ambientais são representados pela exposição à poeira, infecções virais, alérgenos como ácaros, pólen, pelo de animais, fumaça de cigarro, irritantes químicos e poluição ambiental, mudanças climáticas, exercícios físicos vigorosos, estresse emocional e até mesmo alguns tipos de medicamentos.

Quando não houver como evitar a exposição, o paciente pode seguir alguns cuidados, como:

  • Evitar atividades físicas ao ar livre, especialmente em dias frios;
  • Evitar baixa umidade ou exposição em dias com muita poluição;
  • Não fumar e evitar ambientes fechados com pessoas fumando.


Vale registrar que alguns estudos apontam que a redução de peso em pacientes obesos com asma demonstra melhora na função pulmonar, nos sintomas, nas morbidades e na condição de vida.

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