
Mulher que recebeu transplante de porco há dois meses atinge marco de saúde
Cirurgia de Towana Looney marca a primeira vez que um paciente sobrevive tanto tempo com o transplante de rim de porco
compartilhe
Siga noHá dois meses, a estadunidense Towana Looney, de 53 anos, se tornava a primeira pessoa do mundo a receber um transplante de rim suíno geneticamente modificado. De quatro outros pacientes que realizaram a cirurgia com órgãos animais, Towana também é a primeira a sobreviver por tanto tempo.
Após oito anos de insuficiência renal e tratamento por diálise, a paciente realizou o xenotransplante – caracterizado pelo uso de órgãos de animais geneticamente modificados – no hospital NYU Langone Health, em novembro de 2024.
-
02/02/2025 - 19:22 Unifal-MG registra patentes de substâncias com potencial contra a COVID-19 -
03/02/2025 - 13:07 A onda de evitar picos de glicose para emagrecer — e por que ela faz sentido -
03/02/2025 - 13:42 Qual o risco de a gripe aviária virar uma nova pandemia entre humanos?
Em entrevista ao National Public Radio (NPR), Towana afirmou que nunca se sentiu tão bem: "Estou me sentindo ótima. Muita energia. Tenho andado muitos quarteirões. Andei 10 quarteirões um dia." Quando em diálise, a mulher registrava alta fadiga e falta de apetite, agora regulados.
Toda manhã, Towana a no hospital para conferir se tudo está indo bem. Os médicos antecipam que, em cerca de um mês, ela possa retornar para a casa no Alabama. Segundo o NPR, Dr. Robert Montgomery, líder da operação médica, comemorou a melhora da paciente: "Se você asse por Towana na rua, não teria ideia de que ela é a única pessoa no mundo que anda por aí com um rim de porco funcionando. Isso é muito importante."
- Entenda a aterosclerose, doença que mais causa infarto e AVC e pode ser hereditária
- Transtorno de conversão: saiba o que é, sintomas e como evitar
Montgomery, que recebeu um transplante de coração humano em 2018, diz que os pesquisadores esperam que, um dia, órgãos animais geneticamente modificados possam resolver a escassez de doações de órgãos, salvando milhares de vidas todos os anos. Embora a proposta seja futurística, ele ressalta que ninguém sabe quanto tempo o rim de porco de Towana vai durar: "Espero que dure muito tempo, mas estamos em território desconhecido".
Em contrapartida ao sucesso de Towana, alguns pesquisadores temem que órgãos suínos possam transmitir vírus de animais aos humanos e que animais sejam criados e abatidos para a obtenção dos órgãos. Antes de Towana, os outros quatros pacientes que receberam o transplante não sobreviveram por mais de dois meses.