A prática regular de atividades físicas é essencial para a saúde, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares e a melhoria do bem-estar. No entanto, quando realizada sem os devidos cuidados, pode acarretar riscos graves, como a morte súbita cardiológica – um evento raro, mas de grande impacto.



O cardiologista Raphael Boesche Guimarães explica como a prevenção e o acompanhamento médico podem reduzir esses riscos.


A morte súbita ocorre quando há uma parada cardíaca inesperada, geralmente dentro de uma hora após o surgimento dos sintomas. Segundo o especialista, muitas vezes, esse evento acontece sem sinais prévios, tornando-se um choque para o paciente e seus familiares. "O perigo está justamente no fator surpresa. Muitas dessas condições são silenciosas e só se manifestam quando o coração é colocado sob estresse intenso", alerta Guimarães.


Durante a prática esportiva, o coração precisa trabalhar mais para fornecer oxigênio aos músculos, o que pode desencadear complicações em indivíduos predispostos. "As principais causas são arritmias, cardiomiopatias e doenças coronarianas ocultas. Muitos atletas ou pessoas fisicamente ativas acreditam que estão imunes a problemas cardíacos, mas essa é uma ideia perigosa", destaca o cardiologista.

Antes de iniciar qualquer rotina de exercícios, é fundamental ar por uma avaliação médica detalhada. Exames como eletrocardiograma e testes específicos podem detectar doenças cardíacas silenciosas. "Um exame simples pode evitar tragédias", reforça Guimarães. Investigar casos de doenças cardíacas na família também é essencial, pois fatores genéticos aumentam a susceptibilidade a problemas cardíacos. Além disso, sinais como cansaço excessivo, palpitações e dores no peito não devem ser ignorados, pois podem indicar problemas mais sérios.


O acompanhamento médico não apenas protege a saúde, mas também otimiza o desempenho físico. "A detecção precoce de condições cardíacas permite intervenções adequadas e cria estratégias personalizadas de atividade física", afirma o especialista. Manter-se ativo é essencial, mas priorizar a segurança cardiovascular é imprescindível.

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