INFECÇÃO

Açaí e caldo de cana realmente podem causar a doença de Chagas?

Entenda as principais causas da condição no Dia Mundial da Doença de Chagas

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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alerta que a maioria das pessoas com doença de Chagas são, por muitos anos, assintomáticas, o que leva a um subdiagnóstico. No mundo, estima-se que mais de 6 milhões de pessoas sejam afetadas por ela, e a maioria desses pacientes está na América Latina. Para o Ministério da Saúde, mais de 1,2 milhão de brasileiros têm a doença, mas ainda não sabem.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que a doença seja eliminada até 2050. Sem tratamento, a condição evolui até o desenvolvimento de uma infecção crônica que leva a complicações, como no coração. Por isso, é tão essencial uma data com o intuito de informar e chamar atenção para a prevenção e diagnóstico. Esse dia é essa segunda-feira (14/4).




 

Causas

Muito se diz sobre a importância de ter cuidado ao escolher o local onde consumir caldo de cana e açaí, pois o processo de moagem pode contaminar os alimentos com o protozoário causador da doença de Chagas. Apesar de a preocupação ser válida por motivos de higiene e para evitar diversas condições, a ingestão de itens infectados é a forma menos comum de contaminação da doença.

"A doença de Chagas, ou Tripanossomíase Americana, é a infecção causada pelo Trypanosoma cruz. Após se alimentar com sangue  durante a picada, o barbeiro ‘evacua’ e o parasita se encontra nessas fezes.  Ao coçar, esse material entra pela ferida e contamina a pessoa. Também pode acontecer por transfusão de sangue, transplante de órgãos de um doador infectado ou infecção materno-fetal durante a gravidez”, explica o infectologista do Hospital Nipo-Brasileiro (HNipo), Arnaldo Tanaka.

 

Sintomas e diagnóstico

A doença tem duas fases: aguda e crônica.  "Ambas as fases podem ser assintomáticas. Na fase aguda, há um número elevado do parasita na corrente sanguínea do hospedeiro. Quando desenvolve sintomas, os mais recorrentes são febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza e inchaço”, esclarece o infectologista.

Na fase crônica, elucida, os parasitas se encontram no tecido dos órgãos, não há circulação. Os sintomas mais comuns estão relacionados a complicações cardíacas ou/e digestivas, como insuficiência, arritmias, megacólon e megaesôfago. Há ainda a forma indeterminada, que é difícil de prever.

“O diagnóstico costuma ser feito com o método parasitológico, na fase aguda, e sorológico, na fase crônica. Existem testes rápidos que estão sendo pesquisados e aplicados aos poucos, mas ainda não há uma grande disponibilidade”, complementa o especialista.
 

Tratamento

O tratamento deve levar em consideração a fase da doença e as necessidades de cada paciente, por isso, necessita de acompanhamento médico e exames anuais.



“Fármacos, como benzonidazol e nifurtimox, são usados para evitar a progressão dos sintomas na fase aguda. O paciente é considerado curado quando há cinco anos seguidos de testes negativos. Já na crônica, o tratamento vai depender das complicações que o paciente pode estar enfrentando. O tratamento é voltado para controle das complicações. Quando for submetido a algum tipo de imunossupressão, ou nos crônicos que não apresentam manifestação clínica alguma, também há a indicação do tratamento antiparasitário”, esclarece Arnaldo.

Prevenção

A prevenção a pelo controle do vetor, com inseticidas. Também é importante garantir os diagnósticos e evitar a transmissão pelo sangue, oferecer acompanhamento para gestantes infectadas e conscientizar a população com campanhas de alimentação segura e cuidados com higiene.

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