TRIAGEM NEONATAL

Mito ou verdade? O que você precisa saber sobre o Teste do pezinho

Em 2021, entrou em vigor uma lei que amplia o teste do pezinho para detectar até 50 doenças

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Todo recém-nascido no Brasil tem direito a um dos exames mais importantes para garantir um começo saudável de vida: o Teste do pezinho. Ele faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), coordenado pelo Ministério da Saúde e é realizado gratuitamente em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e maternidades cadastradas.

A coleta deve ser feita preferencialmente entre o 3º e o 5º dia de vida, porque identificar precocemente doenças graves, muitas vezes sem sintomas no nascimento, pode significar a diferença entre um desenvolvimento saudável e complicações irreversíveis. 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece outros exames neonatais obrigatórios e gratuitos:

  • Teste do olhinho: detecta catarata, glaucoma e outras alterações que comprometem a visão. Deve ser feito logo após o nascimento, ainda na maternidade.
  • Teste da orelhinha: avalia a audição do bebê e é feito com o bebê dormindo, entre o 2º e o 3º dia de vida.
  • Teste do coraçãozinho: mede a oxigenação do sangue e ajuda a identificar cardiopatias. Deve ser feito entre 24h e 48h após o nascimento. 

Em 2021, entrou em vigor uma lei que amplia o Teste do pezinho para detectar até 50 doenças. Entretanto, isso será feito de maneira escalonada. 

Confira abaixo as doenças que podem ser identificadas atualmente pelo PTN em Minas Gerais:

  • Hipotireoidismo congênito
  • Fenilcetonúria
  • Doença falciforme
  • Fibrose cística
  • Deficiência de biotinidase
  • Hiperplasia adrenal congênita
  • Toxoplasmose congênita
  • Atrofia muscular espinhal (AME)
  • Imunodeficiência combinada grave (SCID)
  • Agamaglobulinemia (Agama)
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia muito longa (VLCADD)
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia longa (LCADD)
  • Deficiência de proteína trifuncional – DPTC
  • Deficiência primária de carnitina – DPC
  • Deficiência de acil-CoA desidrogenase de cadeia média (MCADD)

Para esclarecer dúvidas comuns, a Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM) respondeu às perguntas mais frequentes sobre o exame. Confira abaixo:

1. Teste do Pezinho é o mesmo que carimbo plantar

MITO. 

O carimbo plantar é apenas uma impressão do pé do bebê, como uma “impressão digital”, usada para identificação. Já o Teste do pezinho é um exame laboratorial, feito a partir de algumas gotas de sangue coletadas do calcanhar, para diagnosticar doenças raras e graves.

2. O Teste do pezinho é feito no dia do nascimento

MITO.

O ideal é fazer a coleta entre o 3º e o 5º dia de vida. Se feito muito cedo (antes de 48 horas), o exame pode dar falsos positivos ou falsos negativos, comprometendo a precisão do diagnóstico.

3. O resultado do Teste do pezinho demora 15 dias para ficar pronto

MITO.

Normalmente, o resultado sai em até 48 a 72 horas. O que pode causar demora é o transporte das amostras, especialmente quando o município é distante do serviço de referência.

4. O Teste do pezinho é essencial e deve ser feito por todo bebê

VERDADE.

Ele é fundamental para identificar doenças graves que não apresentam sintomas ao nascer. O tratamento precoce, nesses casos, pode garantir um desenvolvimento normal e até mesmo salvar a vida da criança.

5. O Teste do pezinho detecta todas as doenças

MITO.

O exame é direcionado a condições específicas, geralmente raras, genéticas, metabólicas, infecciosas ou hormonais, desde que haja tratamento disponível. Ele não substitui outros exames ou avaliações médicas.

6. Se alguma doença for detectada, o tratamento começa imediatamente

VERDADE.

O objetivo do PNTN é justamente iniciar o tratamento o quanto antes. Entretanto, alguns medicamentos ou terapias dependem de liberação especializada do estado e podem exigir trâmites istrativos, principalmente nos casos de alto custo. 

7. A coleta pode ser feita até uma semana de vida

VERDADE.

Embora o ideal seja entre o 3º e o 5º dia, a coleta pode ser feita até o 7º dia. Porém, é importante não atrasar, já que a agilidade no diagnóstico pode ser crucial para o sucesso do tratamento. 

8. O resultado pode demorar até um mês

MITO.

Na maioria dos serviços, o resultado está pronto em 48 a 72 horas. Se houver demora, normalmente ela está relacionada ao transporte das amostras, não ao processo de análise em si. 

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