Durante muitos anos, a investigação de alterações genéticas no feto dependia de procedimentos invasivos, como a amniocentese — exame que consiste na retirada de uma amostra do líquido amniótico com o auxílio de uma agulha, guiada por ultrassom. Embora eficaz, a técnica apresenta riscos, ainda que baixos, como aborto espontâneo, lesões no bebê e vazamento do líquido amniótico, gerando insegurança e ansiedade nas gestantes. 

Com o avanço das tecnologias de análise genética, surgiram métodos de triagem pré-natal mais seguros, realizados a partir de uma simples coleta de sangue da mãe. Segundo Fernanda Soardi, assessora em genética e genômica do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, da Dasa, exames como o NIPT (Teste Pré-Natal Não Invasivo) reduzem significativamente a necessidade de procedimentos de risco e oferecem informações valiosas para o acompanhamento da gravidez. 

O NIPT analisa fragmentos de DNA fetal circulantes no sangue materno, sem oferecer riscos à gestação, e rastreia, com precisão superior a 99%, alterações cromossômicas como as síndromes de Down, Edwards e Patau, além de alterações nos cromossomos sexuais. “Por meio da coleta de sangue da mãe, obtém-se o material genético do feto, que é examinado com técnicas avançadas de sequenciamento para verificar possíveis alterações e calcular o risco de acometimento”, explica a especialista. 

Além da detecção de alterações, o teste também permite determinar o sexo biológico do bebê. “Embora não substitua exames diagnósticos confirmatórios, o NIPT representa um avanço importante na medicina fetal”, destaca a Dra. Fernanda. Nos casos em que alterações são identificadas, ele pode orientar intervenções e tratamentos ainda no útero. 

Os benefícios vão além da tecnologia de ponta e dos resultados precisos. Para muitas gestantes, o exame se torna uma ferramenta essencial para proporcionar tranquilidade e segurança durante uma das fases mais emocionais e vulneráveis da vida. “O Teste Pré-Natal Não Invasivo contribui para reduzir a ansiedade e o estresse associados à incerteza sobre a saúde do bebê. Ter o a informações confiáveis desde cedo pode oferecer uma sensação de controle e preparação para o que está por vir”, pondera a Dra. Fernanda.

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