Divórcio do sono: casais se separam na hora de dormir viram tendência
Ronco é uma das principais causas apontadas para a escolha por quartos separados
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Siga noUma tendência curiosa — e cada vez mais comum — está transformando a vida a dois: muitos casais estão optando por dormir em quartos separados para garantir uma boa noite de sono. O fenômeno, conhecido como “divórcio do sono”, pode parecer drástico à primeira vista, mas vem se tornando uma escolha estratégica.
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De acordo com uma pesquisa global encomendada pela ResMed em 2025, que entrevistou mais de 30 mil pessoas em 13 países, 32% dos participantes disseram que roncos, respiração ofegante ou barulhenta do parceiro são fatores que atrapalham diretamente o sono.
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Apesar do estigma, os resultados têm sido positivos: 61% dos casais que aram a dormir longe do parceiro relataram melhora significativa na qualidade do sono. Mais do que isso, a mudança também impactou positivamente o relacionamento. Segundo a diretora médica da ResMed, Dra. Alison Wimms, 26% dos entrevistados disseram que a nova dinâmica melhorou a convivência a dois, e 16% afirmaram que até a vida sexual deu uma guinada.
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A pesquisa ainda revelou que quase 1 em cada 3 pessoas têm dificuldades frequentes para dormir, enfrentando problemas para adormecer ou manter o sono ao menos três vezes por semana. Ainda assim, 41% preferem ignorar os sintomas da privação de sono, índice quase o dobro da média global.
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Os principais vilões do sono são o estresse (47%), a ansiedade (42%) e as preocupações financeiras (26%). Além disso, o uso excessivo de telas à noite e a falta de uma rotina consistente agravam ainda mais a situação.
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Diante desse cenário, o “divórcio do sono” não representa o fim da intimidade, mas sim uma forma madura de preservar o bem-estar individual e, por consequência, o do casal. Em vez de dividir tudo, inclusive o incômodo noturno, muitos estão aprendendo que amar também pode significar respeitar o sono do outro.