
Turismo LGBTQIA+ cresce 11% ao ano e movimenta economia em São Paulo
Principal destino turístico da comunidade no país, a capital paulista concentra grandes eventos para público
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Siga noHoje, 17 de maio, é celebrada uma importante data de luta e reafirmação dos direitos civis da comunidade LGBTQIA+. Desde 2005, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece esta data como o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, em memória do ano de 1990, quando a homossexualidade foi finalmente removida da lista de transtornos mentais pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E para reforçar a batalha pelo respeito à diversidade e igualdade no Brasil, São Paulo se destaca como principal destino turístico da comunidade no país.
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A capital paulista atrai milhares de visitantes da comunidade LGBTQIA+ todos os anos. Além de grandes atrações para o público, como a Parada do Orgulho LGBTQIA+, São Paulo também oferece diversidade em programações culturais, como o Museu da Diversidade Sexual, primeiro museu público da América Latina dedicado à memória e aos estudos da diversidade sexual e de gênero, e instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Como resultado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Turismo LGBT (ABTLGBT), essa parcela do turismo cresce cerca de 11% ao ano, enquanto o convencional aumenta 3,5%.
Por meio do consumo em hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento, o turismo LGBTQIA+ segue avançando e impacta diretamente o desenvolvimento econômico da cidade. A Organização Mundial do Comércio (OMT) estima que a comunidade movimente anualmente cerca de US$ 3 bilhões, aproximadamente R$ 14.7 bi globalmente.
Cidade inclusiva
Com público recorde, Parada LGBTQIA+ do ano ado injetou R$ 600 milhões na economia da cidade
Tony Boita, gerente de Conteúdo do Museu da Diversidade Sexual, destaca ainda que, segundo pesquisa realizada pelo Booking.com, São Paulo lidera como principal destino para a comunidade LGBTQIA+, por ser considerada a capital mais inclusiva e com atmosfera acolhedora à diversidade. “Ainda que se tenha muito a conquistar, principalmente em relação à direitos e proteção à vida, neste setor, é possível observar um crescimento impulsionado pela movimentação dos órgãos públicos. Para além do potencial significativo que garante uma arrecadação econômica para a cidade, São Paulo se posiciona como destino que abraça as diferenças”, destaca.
Além da “Parada do Orgulho LGBT” que acontece anualmente e é considerada a maior do mundo, com público superior a 2 milhões de pessoas – em 2023, movimentou cerca de R$600 milhões na economia da cidade, São Paulo tem uma série de outras experiências amigáveis a pessoas LGBTQIA+. Ainda sobre o Museu da Diversidade Sexual, com atuação por meio da arte, cultura, educação e fomento ao empreendedorismo, a instituição cultural tem se tornado parte do roteiro cultural LGBTQIA+ da cidade.
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“O Museu da Diversidade Sexual planeja a programação com a maior abrangência possível, trazendo atividades presenciais e online, para alcançar mais pessoas, resgatando e celebrando a história e cultura LGBTQIA+. Para o mês de maio, por exemplo, além das nossas exposições digitais “As 7 cores do Distrito”, “Homem Selvagem” e KAMBA - Dissidência Coletiva, teremos um grupo de Terapia Comunitária Integrativa aberto ao público e gratuito, o terceiro encontro do Clube do Livro para debate de autobiografias trans e um novo episódio do Podcast MDS”, explica Amara Moira, coordenadora de Educação, Exposições e Programação Cultural do Museu.
Mais informações sobre a atuação do Museu da Diversidade Sexual e programação estão disponíveis no site oficial.
Sobre o Museu da Diversidade Sexual
O Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, destinada à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIA+ - contemplando a diversidade de siglas que constroem hoje o MDS – e seu reconhecimento pela sociedade brasileira. Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIA+, se propõe a discutir a diversidade sexual e de gênero e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.