As previsões sobre o futuro dos criptoativos se divide entre os entusiastas das inovações tecnológicas e sua aplicação no ambiente do capital e aqueles que veem riscos à estabilidade econômica.
Vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2013, Eugene Fama está na lista de especialistas que demonstram visão cética sobre o futuro desse ativo.
Fama emitiu sua opinião ao participar de um podcast no dia 30/1/2025. Para o economista, as criptomoedas tem um “fim previsível”.
â??As criptomoedas são um mistério porque elas infringem todas as regras de um meio de troca. Elas não têm um valor estável real. Elas têm um valor realmente variávelâ?, observou o economista americano, que venceu o Nobel ao lado de Peter Hansen e Robert Schiller pelo trabalho pioneiro em identificar as tendências nos mercados financeiros.
“É o tipo de meio de troca que não deveria conseguir sobreviver. Eu espero que ela estoure, mas eu não posso prever isso. Eu espero que sim, porque se não estourar precisaremos recomeçar toda a teoria monetária”, completou.
Em 2021, El Salvador foi o primeiro país do mundo a adotar o bitcoin como moeda oficial de curso oficial ao lado do dólar americano. No anúncio, o presidente Nayib Bukele deu tons épicos para a medida ao dizer que ela iria “revolucionar a economia” local.
Os salvadorenhos aram a poder pagar impostos em bitcoins, assim como usá-los em comércios e serviços.
No entanto, menos de quatro anos depois, em 29/1/2025, o país centro-americano retirou do bitcoin o status de moeda oficial. A medida foi consequência de condições impostas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional para fazer empréstimo a El Salvador. No pacote de condições do fundo estava reduzir os “riscos do bitcoin”.
Por decisão da Assembleia Legislativa controlada pelo partido governista, o uso ficou a transações entre cidadãos e empresas privadas. Além disso, não há mais obrigatoriedade de se aceitar a criptomoeda.