Com quase 5 milhões de km², apenas cerca de 5% dessa massa fica acima da superfície, em locais como a Nova Zelândia.
Estudos liderados por Nick Mortimer, da GNS Science, revelam que a Zelândia se separou do supercontinente Gondwana há cerca de 85 milhões de anos.
Segundo ele, o pedaço de terra se separou da Antártida e da Austrália, antes de afundar devido ao afinamento e resfriamento da crosta.
Por décadas, a Zelândia foi considerada apenas crosta oceânica, mas análises recentes de rochas sedimentares, basaltos e dados magnéticos confirmaram características típicas de um continente.
Amostras geológicas revelaram rochas do período Cretáceo ao Eoceno, incluindo basaltos intraplaca e sedimentos que indicam atividade vulcânica e formação tectônica.
A submersão da Zelândia está ligada à dinâmica das placas tectônicas, especialmente ao processo chamado subducção.
Apesar de submersa, a Zelândia é crucial para entender a evolução dos continentes e a dinâmica terrestre.
Embora ainda parcialmente inexplorada, tecnologias como imagens sísmicas e perfurações em alto-mar devem aprofundar o conhecimento sobre a estrutura e história deste continente.
Também conhecida como Continente Zelândia ou Tasmantis, a Zelândia é um continente quase totalmente submerso no Oceano PacÃfico Sul.
Foi identificado como um continente distinto apenas recentemente, com estudos mais aprofundados sendo publicados em 2017.
Na ocasião, um estudo publicado na Geological Society of America confirmou que a Zelândia atende aos critérios para ser considerada um continente (elevação distinta, geologia diversa, crosta continental bem definida e limites claros).
A Zelândia está localizada a leste da Austrália, abrangendo a Nova Zelândia e a Nova Caledônia.
O termo 'Zelândia' foi proposto pela primeira vez em 1995 pelo geofísico norte-americano Bruce Luyendyk.
Se toda a Zelândia estivesse acima da água, seria o menor continente do mundo, menor até do que a Europa.
A Nova Zelândia e a Nova Caledônia são as principais terras emersas da Zelândia, mas outras pequenas ilhas, como as Ilhas Auckland e as Ilhas Chatham, também fazem parte dela.
Alguns cientistas sugerem que a Zelândia poderia ter abrigado vida animal e vegetal antes de submergir.