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Estado de Minas ANNA MARINA

Chefs negros conquistam espaço na gastronomia carioca 1h2f3

Premiação no Rio de Janeiro homenageia os melhores profissionais negros do setor, incluindo chefs, garçons, sommeliers e confeiteiros


16/12/2022 04:00 - atualizado 16/12/2022 02:28

Chef brasileira Dandara Batista segura prato e olha para a câmera
Chef Dandara Batista é especialista em "arroz de hauçá", prato de origem nigeriana com camarões, carne seca e molho que mistura leite de coco e óleo de dendê (foto: Mauro Pimentel/AFP)


De um pequeno restaurante no fundo de um beco, sente-se um doce aroma de especiarias. Recheados de carne de porco, frango ou camarão, os dim sum, bolinhos típicos da gastronomia cantonesa, são cozidos lentamente no vapor. Não estamos em Hong Kong, mas sim do Rio de Janeiro. E o chef é um homem negro, carioca da gema.

 

Assim como Dandara Batista, a trajetória de Vladimir Reis também foi marcada por uma viagem a Singapura. “Quando eu vi o dim sum pela primeira vez, achei maravilhoso, lindo, delicado. De imediato falei: não tem no Rio de Janeiro”, relembra.

Ele dá seu toque pessoal, usando mandioca e azeite de dendê. No Dim Sum Rio, os pratos são decorados com flores comestíveis e “tuiles” verdes à base de couve.

Vladimir Reis havia antes trabalhado em vários restaurantes, sem nunca ascender ao posto de chef.

Ele conta que, apesar de ele ter um “currículo muito bom”, nas entrevistas de contratação, colegas brancos com menos experiência acabavam selecionados.

“Queriam que eu fosse ou auxiliar de cozinha ou cozinheiro de baixo escalão o tempo todo”, diz esse homem que cresceu em uma favela em Santa Teresa, na Região Central do Rio.

Os pretos e pardos representam cerca de 54% da população brasileira, mas ocupam menos de 30% dos cargos de responsabilidade nas empresas.

“Por incrível que pareça, só via chefs pretos em reality shows de fora. Ficava feliz vendo isso, mas aqui, não tinha referência nenhuma”, afirma. “Acho que o mercado de trabalho está um pouco mais aberto (...) Mas ainda existe o racismo impregnado como uma sujeira que você precisa limpar aos poucos”. 
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