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Estado de Minas 1º DE MAIO

O dia do trabalhador, em meio à pandemia da COVID-19 : ''o que você quer que eu faça?'' 306r6l

Para enfrentarmos a Covid-19, há muita coisa a se fazer. Tratar a doença com responsabilidade é uma delas 5y69j


postado em 01/05/2020 06:00 / atualizado em 30/04/2020 20:10

(foto: Silvio Avila / AFP)
(foto: Silvio Avila / AFP)

1º de maio - um dia que, historicamente, é marcado por atos de luta, shows e confraternizações dedicados aos trabalhadores de todo o mundo. Neste ano, as ruas estarão vazias, os movimentos em prol de melhores condições de trabalho e de valorização da força motriz da economia não acontecerão.

O 1º de maio de 2020 será um dia como tantos outros que estamos aprendendo a viver: comércios fechados, rotinas alteradas, crianças e trabalhadores em casa. Fato é que ninguém se planejou para a pandemia que estamos vivendo mas para algumas profissões e cargos de liderança não é tolerado não saber, não fazer e não falar. 

Os mestres dos cuidados paliativos, com os quais tenho a honra de aprender todos dias, afirmam que "sempre há o que fazer". Um analgésico para a dor, um antitérmico para a febre, o conforto da palavra e até mesmo o aconchego do silêncio. A arte de cuidar e de liderar é composta por diversas habilidades e a comunicação é  essencial. Respostas prontas, ríspidas ou mal pensadas não contribuem e pioram o sentimento de angústia do ser humano.

Inúmeros trabalhadores não puderam ficar em casa, muitas atividades não foram possíveis de serem realizadas em home office e muitos serviços que, a princípio não eram essenciais, aram a ser. Ainda que o foco atual seja os profissionais de saúde, não podemos nos esquecer que precisamos nos alimentar, que equipamentos devem ser revisados e consertados, os pneus furam, os carros batem, as redes elétricas necessitam de e e a internet tem que funcionar. A maioria dos serviços e trabalhos será essencial em algum momento durante essa longa jornada da pandemia.

"Eu preciso trabalhar, o que você quer que eu faça">notícias falsas. Quero que você confie na ciência e em quem está à frente de maneira responsável. Quero que você entenda como é difícil diariamente receber notícias graves e não desistir. Quero que você saiba que também desejo ver nossas cidade de volta; queremos viajar, comemorar e abraçar.

O que eu quero que você faça? Entenda que cada um de nós não é herói, Deus e nem messias, mas esperamos muito daqueles que podem conduzir este caos de maneira correta, respeitosa e responsável. É necessário respeitar o conhecimento técnico, realizar investimentos adequados e se responsabilizar pelas ações irresponsáveis. O Brasil ocupa hoje o grupo de países em crescimento de número de casos da doença e morte. Não vou nem discutir a falta de testes e de estrutura, mas o fato é que a doença está alcançando seus números mais terríveis e o que mais precisamos é foco na verdade, ciência, segurança e, se possível, mais leveza e apoio. 

A ansiedade por um dia de festa, shows e alegria coletiva vai ar, outros primeiros de maio virão, outros brindes acontecerão, outros recordes da economia serão quebrados, mas por enquanto não me pergunte se estou cansado, se a doença é grave, se eu vi o número de mortos, se eu conheço alguém com a doença ou se eu acho que é realmente perigoso. 

Tente neste momento fazer as medidas que são exaustivamente divulgadas por pessoas sérias e entenda que todos nós que vamos trabalhar no dia do trabalho, assim como estamos trabalhando mais intensamente desde que a pandemia chegou, gostamos das suas mensagens de carinho e de amor, mas faça sem esperar nada em troca. Foque suas cobranças naqueles que tem por obrigação ter respostas e atitudes.

“O que você quer que eu faça?” Me respeite, respeite meu país e nossos cidadãos; a “gripezinha” vai ar mas nem todos arão bem por ela.

Tem alguma dúvida ou gostaria de sugerir um tema? Escreva para mim: [email protected] 

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