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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Bora comer nosso strogonoff e ficar em paz 181a40

Pra assistir a jogo do Galo à noite, como foi no sábado ado e na última terça, o negócio é acender todas as luzes, pra não morrer de medo


22/04/2023 04:00
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Eduardo Coudet, treinador do Atllético, durante treino na Cidade do Galo
Eduardo Coudet, treinador do Atlético (foto: Pedro Souza/Atlético)
Que mala onda estamos nela, hein, meus amigos? Cruz credo, o Galão perdeu mais uma vez. Que bad trip. Parece eu e meus amigos, em nossa já antiguíssima juventude, quando decidimos que era hora de provar uns shitakes e uns shimejis colhidos no campo, se é que o raro leitor pode captar nossa intenção quando pequenos delinquentes.

Depois do chá das cinco, amos as 10 horas seguintes brigando por um único ventilador capaz de evitar o teto preto e a morte coletiva ao estilo Jim Jones. Ave-Maria Nossa Senhora, que nossos filhos se atenham apenas aos champignons do strogonoff! 

Mas, como eu ia dizendo, que bad trip, que filme de terror! Sonhamos com o Coldplay, o Metallica, eu particularmente queria um pot-pourri da atleticanada toda, Celso Adolfo com Sepultura, Djonga com Sideral, Cacique de Ramos tocando "Vou festejar", o filho da Cássia Eller mandando a nossa Marselhesa, o Yuri Marçal de MC com o Chico Pinheiro, o Paul Stanley vestido com a beca do Galão da Massa.

Mas... acordamos mesmo foi com o Sambô e seu cover de "Sunday bloody sunday", que coisa medonha, que equívoco total. Sem desmerecer o grande feito que é você conseguir piorar uma música do U2. 

Pra assistir a jogo do Galo à noite, como foi no sábado ado e na última terça, o negócio é acender todas as luzes, pra não morrer de medo. Mesmo assim se pode ouvir o Zé do Caixão sussurrar nos ouvidos: "Esta noite encarnarei em teu cadáver". Sai capeta! Sai desse corpo que não tem pertence!

E o espírito do Dasayev encarnado no goleiro adversário? Tudo Neuer, tudo Yashin, o Aranha Negra.  

Antropologicamente falando, é bom que tenho podido experimentar um pouco do que é o ser bolsonarista: meu coração fica cheio de ódio. Paulinho, Pedrinho, Patrick, Edenílson, Coudet, esse pessoal não vale meio Savarino e cada um ganha umas 10 vezes o salário que tinha o venezuelano. É a "jestão"! 

Tenho desejos de CAC, confesso, aceitaria a paumolência de um Eduardo Bolsonaro se pudesse ar aquele fuzil com o qual o nobre deputado posou ao lado de Mamãe Falei. Penso que é chegada a hora de instalar uma célula das FARC na Serra do Curral, e de lá iniciar o processo revolucionário de retomada do Clube Atlético Mineiro. Como em Sierra Maestra. Hasta la victoria siempre!

Meu medo real é que, diante da pressão que vem aí, os """mecenas""" desistam do brinquedinho. Sim, porque a cada rodada ele vai se transformando no Chucky, o brinquedo assassino. E, a essa altura do campeonato, ruim com eles, pior sem eles - eis o nosso poço sem fundo, o buraco que impede até mesmo a costumeira multa rescisória dedicada ao professor de plantão.

Aliás, tenho uma tese sobre Coudet: ele faz de tudo pra embolsar as 30 milhas da sua multa, não é possível. Então, se dedica a dar de doido na beira do gramado, jogando-se ao chão, rolando como um golden adestrado e a devanear nas entrevistas igual o Eduardo Duzek vendo o apocalipse da janela e falando à empregada: "Traga um café, que o mundo acabou". 

Sou um especialista em ironia e cinismo, e posso garantir: esse cara está rindo de nós. Na melhor hipótese, trava uma guerra particular com os 4Rs, e a gente é que se lasque junto. Coudet parece o Debi, da dupla Debi e Lóide. E como tal, vai ando a perna em todo mundo.

Que mala onda, companheiros! Bora comer nosso strogonoff e ficar em paz. Traz o café, que o mundo acabou. Gaaaaaaaaloo!!!


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