
Oficializada em abril ado, a aquisição da WarnerMedia (HBO, HBO Max, CNN, Warner Bros., DC Films, New Line Cinema, Cartoon Network) pela Discovery (Discovery Channel, Food Network, TLC, Animal Planet e Oprah Winfrey Network) tem sido apontada como a principal razão do cancelamento do filme “Batgirl”.
Nesta semana, o anúncio de que o longa-metragem que custou US$ 90 milhões foi arquivado e não será lançado em nenhum formato (cinema e streaming) pegou a todos de surpresa. Inclusive os próprios diretores, Adil El Arbi e Bilall Fallah.
"Estamos tristes e chocados com a notícia. Ainda não conseguimos acreditar. Como diretores, é fundamental que nosso trabalho seja visto pelo público e, embora o filme estivesse longe de estar pronto, desejávamos que fãs de todo o mundo tivessem a oportunidade de ver o produto final", afirmaram, em publicação conjunta nas redes sociais.
A Warner Bros. Discovery anunciou que deixaria de lado a adaptação cinematográfica da personagem da DC Comics, protagonizada por Leslie Grace e com Michael Keaton no papel de Batman. O filme estava na fase de pós-produção, onde são adicionados efeitos especiais, som e gráficos.
"Foi um sonho trabalhar com atores tão fantásticos como Michael Keaton, J.K. Simmons, Brendan Fraser (...) e especialmente a grande Leslie Grace, que interpretou a Batgirl com tanta paixão, dedicação e humanidade", escreveram El Arbi e Fallah.
"De qualquer forma, como grandes fãs de Batman desde crianças, foi um privilégio e uma honra ter feito parte do Universo estendido da DC, mesmo que apenas por um breve momento".
A decisão de arquivar o filme agitou Hollywood. Especialistas da indústria apontaram que era inédito um filme não ser lançado tão perto de sua conclusão e com tanto dinheiro já investido.
Cancelamento u3am
A Warner Bros. havia se comprometido em produzir filmes para serem lançados diretamente na HBO Max, como parte de um esforço para aumentar os s no streaming, setor cada vez mais competitivo. Mas essa decisão parece ter sido revertida depois da parceria com a Discovery.
A revista “Variety” ouviu fontes da indústria que disseram que "Batgirl" não era deslumbrante o suficiente para um lançamento nos cinemas, com suas caras exigências de marketing, e, ao mesmo tempo, grande demais para fazer sentido econômico no cenário do streaming.
De acordo com a revista, só para colocar o filme em cartaz nos cinemas americanos o estúdio gastaria entre US$ 30 milhões a US$ 50 milhões, sem contar sua distribuição nos demais países. Em meio à crise econômica, assim como várias outras empresas ao redor do mundo, a Warner também aderiu recentemente a uma postura de economia ao máximo.