O DJ KVSH discotecando em mesa de som

Cria do carnaval de rua de Nova Lima, KVSH lança neste domingo em BH o seu bloco CARNAKVSH, com a intenção de atrair os jovens para o espaço público

BS Fotografias/divulgação


Em agosto de 2022, o DJ novalimense Luciano Ferreira, conhecido pelo nome artístico de KVSH, subiu várias escadas, entrou em corredores sem fim e abriu uma pequena porta para estar no maior palco de música eletrônica do mundo, o Tomorrowland, na Bélgica. 

O torcedor do Villa Nova agora abre as portas para um novo público. Ele estreia neste domingo (12/2) o CARNAKVSH, bloco de carnaval com amigos,  que promete mais de oito horas de shows, no coração da Savassi. 

Em entrevista ao Estado de Minas, KVSH lembra que cresceu sob a influência do pai, um amante da folia, e do carnaval de rua feito por trabalhadores de mineradoras em Nova Lima, no Bloco dos Sujos. A ideia de criar o próprio bloco surgiu da vontade de tirar as gerações mais jovens de casa.

“Acho que é importante essa socialização, vivenciar os espaços públicos, curtir com a galera. Sou DJ, produtor musical, nada a ver com banda, mas eu vou fazer um bloco para tentar tirar essa galera de casa e fazer uma parada legal pra essa cena local de BH”, diz KVSH.

Além da vontade de tirar os mais jovens de casa, o bloco também parte de um interesse do DJ de trazer outros artistas da cena local. Seu lançamento mais recente, a música “Se você quiser”, foi em parceria com a dupla mineira Clara x Sofia e Breno Miranda.

Ele começou a produzir músicas aos 16 anos, mas foi aos 20 que a carreira estourou, com o remix “Potter”, música tema da franquia de filmes “Harry Potter”.

“Quando comecei a fazer minha música, lá em Nova Lima, eu queria tocar eletrônica, e os únicos lugares que havia eram as casas noturnas, principalmente as da Zona Sul, que eram mais caras”, conta. 

Ele relata que certa vez enviou um e-mail a uma casa noturna pedindo uma oportunidade para tocar lá suas músicas. “Peguei um ônibus, cheguei lá, e o cara falou comigo: ‘Santo de casa não faz milagre. Se você quiser entrar no circuito aqui, vai ter que virar promoter e vender ingressos’”, conta. “Voltei arrasado para casa, achei que a música falava um pouco mais alto, né">

Assista a entrevista completa: