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Estado de Minas LAVOURAS PERDIDAS

Entenda por que a onda de frio em Minas vai deixar alimentos mais caros 3ymi

Geadas da última semana já afetam agricultura e nova onda pode piorar: "se as expectativas se concretizarem, teremos danos irreversíveis em algumas lavouras" 1bs8


27/07/2021 18:29 - atualizado 27/07/2021 21:15

Lavouras já foram atingidas por geadas da última semana e podem sofrer ainda mais com nova onda(foto: Alexandre Kurachi/Arquivo pessoal e Márcia Helena Barbosa/Arquivo pessoal e Fernando Machado/Arquivo pessoal)
Lavouras já foram atingidas por geadas da última semana e podem sofrer ainda mais com nova onda (foto: Alexandre Kurachi/Arquivo pessoal e Márcia Helena Barbosa/Arquivo pessoal e Fernando Machado/Arquivo pessoal)
A onda de frio que atinge Minas - além de outras partes do Brasil - e tomou os noticiários nos últimos dias também afetará o bolso do consumidor. Isso porque agriculturores já contabilizam as perdas causadas por geadas que ocorreram na semana ada - e temem pelas novas quedas bruscas previstas pela meteorologia. 
 
"É desanimador. É a sensação de que o trabalho de quatro anos foi jogado fora. Tudo que investimos corre o risco de não existir mais", lamenta o engenheiro agrônomo Eduardo de Carvalho Pena, dono de uma plantação de café de Lavras, no Sul de Minas. Ele já perdeu de 20% a 30% dos pés de café que estão nascendo para a colheita no ano que vem.
 
Em Minas, 541 município devem registrar de 10ºC até temperaturas negativas, com formação de geadas moderadas a fortes, a partir desta quarta-feira (28/7). A queda é causada por uma onda de ar polar que sobe gradativamente pelo país - e que chegou mais cedo ao Estado.

A informação do SIMGE (Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais) ligou o alerta na Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais), que já faz mutirões para tentar amenizar as perdas de agriculturores e produtores mineiros.
 

Vai ficar mais caro 1o6s6o

 
Uma das ações da Emater-MG é justamente contabilizar o prejuízo já causado pelas geadas da última semana em lavouras frutíferas, floriculturas e pastagens, por exemplo. O levantamento em áreas produtoras de café já foi realizado - e o resultado não é animador.
 
De acordo com o relatório, estima-se que a geada afetou, aproximadamente, 156,3 mil hectares, o que corresponde a 17,2% da área ocupada com cafeicultura na região abrangida pelo levantamento. Isso significa que cerca de 9,5 mil produtores tiveram áreas de cafeicultura atingidas pela geada - e metade precisará recorrer a crédito ou seguro rural. 
 
Cafeicultor de Lavras perdeu entre 20% e 30% do plantio que foi feito para colheita no ano que vem(foto: Eduardo Pena/Arquivo pessoal)
Cafeicultor de Lavras perdeu entre 20% e 30% do plantio que foi feito para colheita no ano que vem (foto: Eduardo Pena/Arquivo pessoal)
 
 
"Por consequência, o preço para o consumidor também vai aumentar", afirma Isaías Rocha de Melo Júnior, engenheiro agrônomo da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CR-MG), cujos alguns produtores já informaram que perderam toda a produção - e não só de café.
 

Café, feijão, milho e até leite 6h6t2o

 
As plantações de café especialmente no Sul de Minas e no Triângulo foram atingidas pelo clima, mas não foram as únicas prejudicadas. Lavouras de morango, hortaliças e até os pastos que servem de alimentação para vacas leiteiras sofrem com as geadas, o frio e o tempo seco.
 
Frio prejudicou desenvolvimento do quiabo no Triângulo Mineiro: hortaliças e vegetais também sofrem com o tempo frio(foto: Márcia Helena Barbosa/Arquivo pessoal)
Frio prejudicou desenvolvimento do quiabo no Triângulo Mineiro: hortaliças e vegetais também sofrem com o tempo frio (foto: Márcia Helena Barbosa/Arquivo pessoal)
 
 
Alexandre Kurachi, gerente regional da Emater-MG em Pouso Alegre explicou que as temperaturas em algumas cidades da região, como em Delfim Moreira, onde os termômetros chegaram a marcar -10ºC na semana ada, deixaram todos preocupados.
 
"Se as expectativas de temperatura se concretizarem nesta semana, teremos danos irreversíveis em algumas lavouras", afirma.
 
Milho e feijão também sofrem com o tempo mais frio. Como estão no começo do processo de crescimento, temperaturas baixas "queimam" as folhas, como na plantação de Fernando Machado, em Pompéu, Centro-Oeste mineiro. 
 
Feijão sofre com os impactos do frio: folhas 'queimadas' prejudicam desenvolvimento(foto: Fernando Machado/Arquivo pessoal)
Feijão sofre com os impactos do frio: folhas 'queimadas' prejudicam desenvolvimento (foto: Fernando Machado/Arquivo pessoal)
 
 
Ele ainda não consegue estimar qual será o tamanho do prejuízo para a lavoura, já que algumas plantas podem sobreviver ao frio mais intenso, mesmo com folhas danificadas. 
 
"A folha é responsável por absorver o sol para fazer a fotossíntese (processo em que a planta cria nutrientes para se alimentar) para que os grãos sejam produzidos. Então, se elas estão queimadas, esse processo é prejudicado", explica.
 

E o leite", complementa. 1b6937

 
Com informações da Emater-MG 

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