
O dono de uma das lojas foi preso em flagrante e com ele a polícia apreendeu R$ 500 mil escondidos em sua residência. Há suspeita da prática de vários crimes, como falsificação, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. O delegado Hugo Arruda é o responsável pelo caso e vai rear outras informações à imprensa às 14h na sede do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes da Polícia Civil.
A atuação de lojas de peças de veículos em Belo Horizonte tem sido alvo frequente de autoridades da capital mineira. A avenida onde isso mais acontece é a Pedro II, Noroeste de BH, com grande concentração desse tipo de comércio.
No mês ado, Polícia Militar, Prefeitura de BH, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros se juntaram para verificar vários itens, como cumprimento do Código de Posturas, Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, nota fiscal das mercadorias e correto recolhimento de impostos, além de indícios de receptação.

DETALHES DO ESQUEMA Em conversas com funcionários de oficinas mecânicas em BH, a reportagem recebeu informações de como o dono de uma das lojas que foi alvo da operação agia para conquistar os clientes. O responsável vendia os produtos apenas no dinheiro, sem aceitar cheque ou cartões. Além disso, as peças só poderiam ser adquiridas na loja, sem o serviço de entrega.
Essas situações ludibriavam a população como justificativa para o preço mais baixo, em relação às lojas que fazem o comércio da forma correta. "Imagina o risco que o consumidor corre ao colocar uma peça desse tipo no seu carro. E se um rolamento trava em uma rodovia? Essa situação pode causar um acidente fatal", diz o encarregado de peças de uma oficina, que prefere não se identificar.