
Muitos dos torcedores que iam ao Mineirão para apreciar o prato vão agora a Betim. É o caso do representante comercial Nélio Andrade, de 40 anos, que aprovou o sabor: “Olha, esse tropeiro é muito bom. É o tradicional. Nem almocei em casa. Já que vinha pra cá, deixei para comer aqui. É muito melhor que aquele feijão com farinha que vendem no Mineirão, que não tem sequer tempero. Até pouco tempo, nem ovo tinha. Não dá. Prefiro este aqui e na final (amanhã) vou até chegar mais cedo só para degustar o prato outra vez”.
Enquanto Nélio se afasta para ir comer na arquibancada, Emanuele Costa Quaresma, de 17, se aproxima do balcão e pede, também, um tropeiro. “É minha comida predileta. Não sabia que esse era um prato tradicional do futebol e do Mineirão, mas sei que ver um bom jogo de vôlei depois de saborear uma boa comida é muito mais agradável”, brincou.
Nesse sábado, os portões do Divino Braga foram abertos às 14h, para as semifinais do Mundial. A procura pelo tropeiro foi tamanha que, 15 minutos depois, metade da primeira bandeja já havia sido vendida. “Aqui é assim. A gente coloca na bandeja e logo tem uma fila de gente para comprar”, conta a balconista Marina Viana, de 30, entre um atendimento e outro. “A gente não para. É o que mais sai.”
A cozinheira Gelda Maria Braga, de 41, não tem um minuto sequer de descanso. Fica entre o fogão, onde o prato é preparado numa grande a, e o balcão. “A gente precisa ficar abastecendo o tempo todo, pois sai muito rápido. Acho até que muita gente vem mais para comer do que para assistir aos jogos.”
O tropeiro é tão atrativo que até árbitros internacionais de vôlei aproveitaram a chance de estar em Minas Gerais para saboreá-lo. “Vale a pena chegar mais cedo para experimentar. Amanhã (hoje), vários árbitros ficaram de vir mais cedo para provar a iguaria”, revela Genésio Silva, que trabalha com o transporte para o evento.
DISPUTA DO TÍTULO O Cruzeiro e o russo Zenit Kazan farão, pelo segundo ano consecutivo, a final do Mundial, hoje a partir das 16h (com transmissão de SporTV 2 e ESPN+), no Ginásio Divino Braga. O ingresso custa R$ 40, com meia-entrada a R$ 20 para estudantes, menores de 12 anos e maiores de 60. O time celeste busca seu terceiro título – ganhou em 2013, coincidentemente, batendo na decisão outra equipe russa, o Lokomotiv Novosibirsk; e no ano ado superou o Kazan por 3 a 1. Atual campeã europeia, a equipe russa garantiu vaga na final ao derrotar, ontem, na primeira semifinal do dia, o italiano Trentino por 3 a 0 (25/18, 25/23 e 25/19). Já os cruzeirenses tiveram de buscar a virada em cima do Bolivar, por 3 a 1 (21/25, 25/15, 25/15 e 25/19). Na fase de classificação, Cruzeiro e Kazan estavam no mesmo Grupo, o A, e o time mineiro venceu por 3 a 1.