
Mais dois criminosos foram mortos no Norte de Minas Gerais, em uma troca de tiros com a Polícia Militar (PM). Desde quarta-feira, policiais de Minas e da Bahia cercam uma área de mata para onde fugiram os bandidos que planejavam atacar carros-fortes e caixas eletrônicos. No primeiro confronto, seis morreram baleados e quatro fugiram. O novo tiroteio, registrado na madrugada desta sexta-feira, envolveu homens que tentavam resgatar os que haviam escapado.
A ação ocorreu na região da BR-251, perto da comunidade de Vale das Cancelas, no município de Grão Mogol, a 20 quilômetros de Padre Carvalho.
Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, o major Giovane Rodrigues de Oliveira, da 11ª Região da Polícia Militar, detalhou a ação. Segundo ele, quatro homens foram abordados em um Fiat Strada. Com a aproximação dos policiais, os ocupantes do carro atiraram contra a equipe, que revidou. Dois bandidos foram mortos e outros dois fugiram pelo mato.
Os mortos são o motorista e um dos bandidos escondidos na mata, que participou do primeiro confronto. O veículo, que tem queixa de roubo, foi apreendido, junto a um AK-47. De fabricação russa, o fuzil é uma das armas mais letais do mundo, com capacidade para 600 tiros por minuto e alcance de 300 metros. Um revólver também foi localizado.
Conforme o militar, ainda não se sabe exatamente quantos integrantes do bando estão escondidos na área. No dia do confronto, quatro ou cinco fugiram, mas pode ser que outras pessoas estivessem no e aos criminosos. A caminhonete que tentava o resgate hoje saiu de Montes Claros.
As buscas continuam na região com um grande efetivo policial e equipes especializadas em busca na mata. “Prevenimos vários crimes que aconteceriam na região. Tendo em vista a grande quantidade de explosivos que foi apreendida, a quadrilha estava preparada para atuar em explosão de caixas, carros-fortes e até resgate de presos”, disse o major Giovane. (Colaborou Cristiane Silva)
Bando tem ligação com facção de Salvador 4s5k69
A quadrilha especializada em ataques a caixas eletrônicos e a carros-fortes que foi desarticulada numa operação conjunta entre as polícias militares de Minas Gerais e da Bahia e a Polícia Federal, é vinculada a uma das mais violentas facções criminosas de Salvador, apurou o Estado de Minas. Na tarde de quarta-feira, seis componentes do bando foram mortos em confronto com as forças policiais na zona rural de Padre Carvalho. Dos mortos, dois são de Minas Gerais. Um deles é José Mendes de Sá, de 36 anos, ex-candidato a vereador em Padre Carvalho.
Ontem, em entrevista coletiva em Montes Claros, o porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, apresentou o forte armamento, farta munição e outros materiais que foram aprendidos em poder dos criminosos. Além de três fuzis 556, três fuzis 762, uma espingarda calibre 12 e três pistolas 9mm, houve apreensão de cerca de 300 quilos de explosivos. Um detalhe que chama atenção – e que mostra a satisfação da quadrilha – é que vários explosivos estavam adaptados com ímã, para ser usados, de maneira mais rápida, em detonação em carros-fortes.
Os criminosos foram monitorados pelo serviço de inteligência. Segundo o major Flávio Santiago, os tentáculos do bando no Norte de Minas foram descobertos no início desta semana, quando foi desencadeada a operação conjunta. Na tarde de terça-feira, após a identificação de suspeitos, ocupantes de um carro Renault, atrás de um carro-forte na BR 251, as forças policiais descobriram o “QG” do grupo em uma casa em um sítio, distante quatro quilômetros da rodovia, no município de Padre Carvalho. Ao se aproximarem da casa, os policiais foram recebidos a tiros com armas de grosso calibre. Eles responderam e seis bandidos foram mortos. O restante do bando fugiu pelo mato. Nenhum policial ficou ferido. “Não permitiremos que no estado de Minas Gerais qualquer tipo de criminalidade se estabeleça”, afirmou o major Flávio Santiago.
Ele também informou que a quadrilha desarticulada tinha capacidade para o resgate de presos em penitenciárias, com ramificações na Bahia, Minas e Goiás.