Em 2020, a cidade se prepara para receber cerca de 5 milhões de foliões. Entre 8 de fevereiro e 1º de março, mais de 500 blocos prometem animar belo-horizontinos e turistas com infraestrutura, segurança e mobilidade. Para que essa expectativa seja cumprida, é necessário um investimento de R$ 14,3 milhões. Todo esse valor é financiado pela iniciativa privada, por meio de dois grandes patrocinadores.
Desse montante, R$ 6 milhões são reados em verba direta e R$ 8,3 milhões em planilhas de estruturas e serviços, captado por meio de Edital de Patrocínio. Todo o orçamento da Belotur é proveniente de investimento privado. Esse dinheiro é utilizado na contratação de músicos, na subvenção (auxílio) de blocos e escolas de samba e em toda a estrutura dos palcos espalhados pelas regionais da cidade durante o evento, por exemplo.
Blocos de rua 2p6f6p
Do valor total do patrocínio, R$ 850 mil são destinados aos blocos de rua. Desfilando pela Avenida Afonso Pena e arrastando uma multidão de pessoas desde 2017, o bloco Quando Come se Lambuza foi contemplado pela primeira vez no edital que concede esse auxílio financeiro. O valor recebido por cada bloco varia de R$ 3,5 mil a R$ 12 mil, dependendo da categoria inscrita no edital.
Mapa dos blocos de rua do carnaval de BH 2020 162b3f
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E não é à toa que os patrocinadores têm escolhido Belo Horizonte como vitrine de suas marcas no carnaval. Em 2019, o número de turistas na cidade foi 204 mil. Em média, os visitantes participaram de 4 dias do evento e cada um teve um gasto médio diário, de R$ 179,58, totalizando R$ 718,32, em média, durante todo o evento.
Para Christiano Ottoni, a festa é uma das grandes responsáveis pela economia sazonal da cidade, por aquecer a rede hoteleira, o comércio e a cena cultural da capital. “Quando você ocupa a cidade você movimenta a economia, gera emprego, gera visibilidade no cenário nacional. A gente continua fazendo carnaval por isso. O carnaval transformou Belo Horizonte e a gente vê isso no dia a dia, no retorno econômico para a cidade e para os milhares de ambulantes que recebem uma grana extra nesse período.”
Solidariedade 6x3458
Para tentar minimizar os impactos das chuvas nas milhares de vidas afetadas pelos temporais que atingiram a capital, blocos como o Ziguiriguidum, Tchanzinho ZN, Volta Belchior, Baianas Ozadas, Bloco de Belô e Quando Come se Lambuza têm feito a sua parte, se mobilizando e mostrando que, além de entender de folia, também sabem tudo de empatia e solidariedade.
Nas redes sociais, os blocos têm divulgado campanhas de arrecadação de donativos e aproveitado os ensaios para arrecadar alimentos, água, material de higiene pessoal e de limpeza para enviar as vítimas da chuvas.
Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves