
“Foram encaminhados para todas as escolas municipais os alimentos necessários para contemplar os alunos do 7º, 8º e 9º ano que retornariam, nesta semana, ao ensino presencial. Mas, ao anunciarem greve, algumas escolas impediram o retorno dos estudantes e, consequentemente, impossibilitaram o consumo desses alimentos" afirma o procurador-geral do município, Bruno Cypriano.
"Muitos dos itens são perecíveis e vencerão no fim de semana”, complementou. De um total de 69 escolas do Ensino Fundamental, 10 suspenderam as atividades por causa do movimento dos professores.
Dessa forma, o município decidiu fazer a distribuição. “Decidimos ir a essas 10 escolas para interditar os locais onde estão armazenados esses alimentos, nos apropriar desses itens e aproveitá-los na forma de um sopão, que será distribuído a esses alunos que não foram agraciados durante a semana. Serão mais de mil marmitex de sopa, cerca de cem por escola, oferecidos hoje, das 18h às 19h”, pontua Cypriano.
Segundo o procurador, até que essas escolas retornem às aulas normalmente, os locais de armazenamento dos alimentos permanecerão interditados e o município seguirá distribuindo esses itens aos alunos, sobretudo os perecíveis.
Justiça determina suspensão de greve 613p54
No dia 2 de agosto, a prefeitura de Betim entrou com uma ação ordinária de pedido de tutela de urgência solicitando o retorno dos profissionais da Educação ao trabalho presencial, já que a categoria foi imunizada: parte dela com vacina de dose única - Janssen -, e outra parte com Astrazeneca, grupo que já tomou a segunda dose.
A greve sanitária dos profissionais foi fundamentada sob alegação de insegurança devido ao contágio da COVID-19.
Em decisão proferida no dia 4 de agosto, a desembargadora Teresa Cristina da Cunha Peixoto, deferiu o pedido da istração, determinado a suspensão da greve dos trabalhadores da Educação.
"Com o retorno imediato dos professores e demais servidores da educação ao trabalho presencial, na forma especificada pela Prefeitura de Betim, garantindo a carga horária designada pela Prefeitura em cada escola, sob pena de multa diária de R$ 50 mil".
Segundo o presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (SindUte), subsede Betim, Luiz Fernando Oliveira, não há ilegalidade no movimento. "A greve continua porque há diversos problemas nos protocolos de biossegurança e o sindicato tem tentado tratar isso com governo. O protocolo do jeito que está, com as ações ali previstas, não vai garantir a proteção à vida, nem de estudantes e nem de trabalhadores".
O sindicalista informou que haverá uma audiência de conciliação na próxima quinta-feira (19/8), às 14h, além de um encontro com o governo municipal marcado tambem para a semana que vem. "Apostamos na via do diálogo e, se a greve foi deflagrada, foi porque essa via ainda não apresentou soluções", pontuou Luiz Fernando.
Escolas em greve onde haverá a distribuirão da sopa: 2h5f6u
- Escola Municipal Adelina Mesquita Januzzi, bairro Campos Elíseos
- Escola Municipal Angela Ribeiro Batista Maia, conjunto habitacional José Gomes de Castro
- Escola Municipal Geraldo Jorge Meira, bairro Parque Ipiranga
- Escola Municipal Gino José de Souza, bairro São João
- Escola Municipal Presidente Raul Soares, bairro Santa Cruz
- Escola Municipal Valério Ferreira Palhares, bairro Petrovale
- Escola Municipal Francisco de Sales Barbosa, bairro Petrovale
- Escola Municipal Maria Cristina Central, bairro Laranjeiras
- Escola Municipal Maria da Conceição Brito, bairro São Cristóvão
- Escola Municipal Osório Aleixo da Silva, bairro Granja Verde