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Estado de Minas ACIDENTE AÉREO

Avião cai em BH: tragédia reacende rotina de indefinição e sustos qi6l

Pai morre e filha está gravemente ferida após acidente aéreo próximo ao Aeroporto Carlos Prates. Situação não é novidade na região


11/03/2023 20:13 - atualizado 12/03/2023 15:07

Acidente Aéreo no Bairro Jardim Montanhês
Avião caiu no intervalo entre duas casas no Bairro Jardim Montanhês (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A. Press)
Um acidente aéreo no Bairro Jardim Montanhês, Região Noroeste de Belo Horizonte, na tarde deste sábado (11/3), entra para uma triste e crescente lista de desastres no entorno do Aeroporto Carlos Prates. Um avião monomotor caiu sobre duas casas, assustou moradores e o piloto da aeronave morreu.

O oftalmologista José Luiz de Oliveira Filho, de cerca de 60 anos de idade, chegou a ser socorrido após o acidente, mas não resistiu. Ele pilotava o avião ao lado da filha Jéssica Oliveira, de 33 anos. A mulher está internada em estado grave no Hospital João XXIII, em BH. Conforme apurado pelo Estado de Minas, a aeronave vinha de Abaeté, onde a família tem uma fazenda, e caiu antes de chegar ao seu destino final, no Aeroporto Carlos Prates.

É a quinta morte relacionada a voos no terminal nos últimos quatro anos. Após dois acidentes com vítimas em 2019, o fechamento do aeroporto entrou no radar das autoridades. 

Em 2020, o então ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, chegou a anunciar que o aeroporto seria fechado no ano seguinte, mas uma série de adiamentos postergou a medida e o terminal segue em funcionamento até hoje. A expectativa era de que as atividades fossem encerradas em dezembro do ano ado, mas uma portaria estendeu o prazo até maio de 2023, tempo suficiente para mais um acidente.

Enquanto isso, quem vive nos arredores do terminal vivem uma rotina de insegurança. Moradores do entorno da Rua Morro da Graça, no Jardim Montanhês, relataram o susto vivido neste sábado. Residente de um dos imóveis da rua, que não foi atingida pelo acidente, Gustavo Alvarenga se assustou com o estrondo causado pelo impacto entre a aeronave e as estruturas das casas.

“Liguei imediatamente para os Bombeiros quando vi o acidente. Fez um barulho muito forte, muito alto. Liguei correndo para os Bombeiros e mandei a foto da aeronave", disse, ao Estado de Minas.



O acidente deixou o piloto do voo, de 60 anos, e a filha dele, de 33, com politraumatismos. Os dois foram levados ao Hospital João XXIII, na Região Leste da cidade. Peritos da Polícia Civil atuam na área e um major da Aeronáutica, responsável pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), é esperado no local.

O Jardim Montanhês fica nas proximidades do Aeroporto Carlos Prates, onde funciona uma escola de pilotagem. 

Vanda Damasceno, outra moradora do entorno do local do acidente, também estava em casa quando acabou surpreendida pelos sons causados pela queda. "Foi muito assustador. Já caíram vários aviões aqui".

O empresário José Pereira de Alvarenga, pai de Gustavo, o rapaz responsável por acionar os Bombeiros, estava dirigindo para a casa onde mora com o filho no momento do acidente.

"Estava vindo pela (Avenida) Pedro II, vi o avião perdendo altitude. Acelerei, cheguei um pouco preocupado, porque meu filho estava sozinho em casa. Quando cheguei, já estavam bastantes viaturas", contou.

Medo acompanha moradores 1k5u6y

A proximidade com o Aeroporto Carlos Prates faz com que os moradores do Jardim Montanhês e de bairros adjacentes vivam em estado permanente de atenção. Ana Cláudia Guimarães, que tem residência nas redondezas da Rua Morro da Graça, teme o vaivém aéreo na região.

"Isso (os acidentes) acontece direto. Não é a primeira vez. Vivemos esse pesadelo. Temos crianças pequenas. Todo mundo vive aqui há muitos anos. Temos esse medo constantemente", protestou.

A Defesa Civil foi acionada para avaliar se há risco para as estruturas dos imóveis atingidos. A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) também enviou profissionais ao local. Peritos da Polícia Civil já atuam nos desdobramentos do caso. Trabalhadores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foram comunicados.

É o segundo acidente aéreo ocorrido na Grande BH neste sábado. Mais cedo, outro monomotor caiu em Sabará, tendo um bebê nascido há três dias entre os ageiros. Não houve feridos.

Susto durante o descanso 2f1u48


Luiz André é morador de uma das casas atingidas pela aeronave. À reportagem, ele contou que estava dentro do quarto quando sentiu o impacto da colisão e que o acidente foi o ápice de uma rotina de sustos.

“Parecia um terremoto, minha irmã estava colocando roupas no varal quando viu o avião se aproximando e o motor falhando. Foi um susto, eu mudei até de cor. Moro no bairro há 45 anos e desde que era criança escuto que o aeroporto vai sair daqui. Quantos vão morrer pra isso acontecer">a queda de outra aeronave vinda do terminal resultou na morte do piloto e de duas pessoas que estavam em terra.


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