O conjunto de safiras e diamantes pertenceu à tia do czar Nicolau II, a grã-duquesa Maria Pavlovna (1854-1920), que o retirou da Rússia após a Revolução de 1917 que encerrou o regime imperial.
A grã-duquesa tinha uma paixão lendária por joias. E "durante a revolução, entregou suas joias a alguém em quem confiava, o diplomata inglês Albert Henry Stopford (1860-1939), que foi encarregado de protegê-las em Londres", disse Olivier Wagner, especialista da Sotheby's, à AFP.
"Depois de uma incrível viagem por todos os países escandinavos, (Stopford) ele chegou a Londres de barco, onde guardou as joias em um cofre de banco, entre elas, o famoso conjunto de safiras e diamantes. A Grã-Duquesa foi uma das últimas da família Romanov a deixar o país, em 1919. Somente em 1920 ela reencontrou toda a sua coleção de joias em Londres", acrescentou o especialista.
O broche, do tamanho de um ovo comum, tem no centro um diamante de 26 quilates e nos brincos há outros dois de 9 e 6 quilates, respectivamente. As safiras de um azul profundo são do Ceilão.
O conjunto foi comprado em 2009 em um leilão na famosa casa britânica por uma família da nobreza europeia, que pagou então 500 mil dólares.
Atualmente, sua estimativa é considerada baixa, pois varia de apenas 300mil a 500 mil dólares especialmente em uma época em que o preço das safiras aumentou, segundo Wagner.
No mesmo leilão serão ofertadas outras joias, constituídas por grandes diamantes, com um valor quase dez vezes maior.
GENEBRA