
O posicionamento do artista ecoou entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que viram aí um revide contra as mudanças implementadas pelo mandatário na Lei Rouanet (Lei de Incentivo à Cultura, criada em 1991, como política de incentivos fiscais para projetos e ações culturais). Alguns bolsonaristas taxaram as declarações de “Rouanet do amor inabalável”, seguindo um sucesso do Skank “Balada do amor inabalável”.
No programa “Provocações”, apresentado por Marcelo Tas, na TV Cultura, de São Paulo (SP), Samuel Rosa disse que o país está “num mau momento, talvez um dos piores. Porque é assustador o retrocesso. Como a gente pode voltar a algo que a gente nunca mais imaginou ver?”.
E o cantor disse mais: “O que suscita esse governo agora, é muito perigoso. Talvez nem eles tenham a noção disso. É a questão do totalitarismo mesmo. Da violência, da força bruta, é tudo isso que a gente já viveu... e eu esperava ter aprendido muito com essa história, esperava que o povo brasileiro tivesse aprendido”.
Nas redes sociais, internautas chamaram Samuel Rosa de “viúva da Lei Rouanet”, que “as tetas (da Lei Rouanet) secaram” ou questionaram: “Falar que estamos num das piores ditaduras, um retrocesso, pode me explicar o porquê?” Houve também aqueles que parabenizaram o cantor pelas críticas a Bolsonaro.
A equipe do Estado de Minas entrou em contato com a assessoria do cantor e recebeu como resposta que o artista não comentaria o assunto.