
O Estado de Minas checou com diversos interlocutores, de círculos distintos, que composições envolvendo o pessedista têm sido cogitadas. À reportagem, fontes confirmaram – sob reserva – que uma das possibilidades pensadas é chapa que, além de Kalil, tenha a presença do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV).
Zema, por seu turno, pode buscar apoios para se fortalecer. Se, em 2018, o filiado ao Novo se apresentou em chapa “puro-sangue”, agora o partido ite construir coligação – possibilidade reconhecida pelo governador nesta semana, em entrevista à "Jovem Pan".
Paralelamente, PT, PSDB e MDB – siglas com larga trajetória em Minas — têm rumos indefinidos. Do PSD de Kalil, há chances de outra figura importante emergir e “embolar” o cenário: o senador Carlos Viana. O EM apurou que o parlamentar considera a hipótese de trocar de partido — movimento que pode alçá-lo à disputa pelo governo. Viana deixou o comando da direção estadual no início deste ano.
Na ALMG, o bloco governista, além do Novo, é composto por deputados de PSC, Solidariedade, Podemos, Avante, PSDB e PP. Esse último partido, aliás, deve, por causa da proximidade entre o governador e o deputado federal Marcelo Aro, caminhar ao lado de Zema. O secretário-geral da atual gestão, Mateus Simões, diz que a ideia é montar um cordão pluripartidário em torno da reeleição.
“Neste momento, estamos acompanhando os movimentos políticos para tentar construir uma rede de apoio ao governador. É desejo de todos nós que ele continue no cargo. Ele parece estar disposto, e vamos concentrar esforços nesse ponto de grupos políticos, partidos, esses agentes que podem caminhar conosco. Tudo isso continuando o trabalho. A reeleição se dá também pelo trabalho, e o nosso está indo bem”, avalia.
“Neste momento, estamos acompanhando os movimentos políticos para tentar construir uma rede de apoio ao governador. É desejo de todos nós que ele continue no cargo. Ele parece estar disposto, e vamos concentrar esforços nesse ponto de grupos políticos, partidos, esses agentes que podem caminhar conosco. Tudo isso continuando o trabalho. A reeleição se dá também pelo trabalho, e o nosso está indo bem”, avalia.
Ainda no campo dos apoios, mas de volta ao lado de Kalil, quem deve estar ao lado do prefeito de BH é o PDT. Em fevereiro, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, esteve na capital mineira para conversar com o chefe do poder Executivo municipal. “Somos parceiros do Kalil. Dependendo da vontade do PDT, queremos que ele represente Minas Gerais e que a competência dele seja compartilhada com todo estado”, falou, à época. Os pedetistas trabalham para construir alianças regionais em prol do presidenciável Ciro Gomes.

Petistas e tucanos 2j63
No PT, a ideia de lançar candidato próprio a por dar palanque ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, legalmente apto a disputar o Palácio do Planalto. O arranjo é confirmado pelo presidente estadual do partido, o deputado estadual Cristiano Silveira. “Estamos trabalhando para ter candidatura própria ao governo e ao Senado. Esse entusiasmo tem aumentado à medida que Lula vem melhorando o desempenho nas pesquisas”, diz.
Embora os quadros petistas tenham, neste momento, a candidatura própria como uma das possibilidades, composições não estão descartadas. O partido, porém, quer levar para eventual arranjo as políticas públicas que defende. “Alianças vamos discutir se houver convite. Vamos trabalhar a possibilidade de aceitar — ou não — se houver contrapartidas. E, depois, fazer um amplo debate interno”, explica Silveira.
O PT governou Minas Gerais entre 2015 e 2018. Antes dele, com breves intervalos por causa de eleições que se avizinhavam, o estado teve Aécio Neves e Antonio Anastasia – hoje correligionário de Kalil. Assim como os petistas, o PSDB espera sinais do cenário nacional para definir os rumos em solo mineiro. Se o partido lançar um candidato ao Planalto capaz de unir o centro, a avaliação é de que a sigla precisará de um nome para construir palanque no estado. Se outra agremiação, com o apoio tucano, aglutinar forças centristas a nível nacional, os planos podem mudar.
“Não descartamos candidatura própria, não descartamos um acordo que inclua Minas em um apoio a candidatura própria à presidência. E não seria nada que nos deixa incomodados conversar com o governador Zema sobre a possibilidade de uma aliança”, comenta o deputado federal Paulo Abi Ackel, que preside o diretório estadual.
Bolsonarismo 4w3q3o
O grupo próximo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não descarta apoiar Romeu Zema, mas há quem diga que ações do Executivo estadual têm afastado o governador do Novo do Palácio do Planalto. Um dos motivos citados para o desacerto é a adoção da onda roxa, que endureceu restrições para barrar a COVID-19 — o presidente já criticou, por diversas vezes, medidas de isolamento, tidas por ele como rígidas e prejudiciais à economia.
“O que a direita, os conservadores e os bolsonaristas precisam ficar atentos, agora, é se esse movimento que ele fez foi uma exceção ou se é uma tendência — continuar nesse mesmo sentido de se afastar. Se ele se afastar, não faz sentido o bolsonarismo apoiá-lo na eleição do ano que vem”, projeta o deputado federal bolsonarista Cabo Junio Amaral (PSL-MG), que vê o grupo do presidente com força suficiente para lançar nomes próprios. “Essa posição dos conservadores para a eleição do ano que vem vai depender muito mais do próprio Zema, tendo em vista que ele é um candidato favorito e que, na maior parte dos pontos, se alinha”, completa.
MDB cogita terceira via 5e3y2h

O diretório estadual emedebista está com o deputado federal Newton Cardoso Júnior, que teve seu mandato à frente da sigla prorrogado com vistas ao pleito do próximo ano. Ele ite que Julvan tem força para representar a agremiação, mas evita fazer prognósticos antecipados. “Sem dúvida, nomes como o Julvan (Lacerda) são excelentes. Temos ele como um grande representante do partido, mas entendo que 2022 só em 2022”. “O MDB para o ano que vem, certamente, será o partido mais importante para sucessão do governo do estado, para eleição do governo do estado. É o sentimento que tenho. Essa é a visão que o partido traz”, defende.