
“Tudo certo: Sergio Moro escolhe o Podemos. A chegada dele reforça a luta do Podemos por um Brasil mais sério, mais justo e igualitário. A cerimônia será dia 10, às 9h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e vai reunir políticos de vários partidos, empresários e representantes da sociedade civil”, diz mensagem do partido.
Moro desembarcou neste fim de semana no Brasil, vindo de Nova York (EUA), onde mora. Existe a possibilidade de que dispute a vaga no Senado Federal de Álvaro Dias (Podemos-PR). O parlamentar afirmou que não se manifestará sobre o futuro de Moro até que ele se filie ao seu partido.
O ambiente no partido é de entusiasmo. “Estamos extremamente honrados e felizes com o ingresso de Sergio Moro ao nosso Podemos. Muito nos orgulha tê-lo nas fileiras do Podemos, por tudo o que ele representa e já fez pelo país. Trata-se de uma pessoa singular, íntegra e muito capacitada”, dise a presidente nacional da legenda, a deputada federal Renata Abreu (SP).
“Não temos dúvida de que ele é uma das principais opções”, afirma o deputado Igor Timo (Podemos-MG). Sobre um possível lançamento de pré-candidatura, ele garante que “já existe um processo de articulação nesse sentido”. O parlamentar também afirma que o ex-juiz representa um dos valores do partido, o combate à corrupção. “Um dos maiores males da política hoje é a corrupção, não temos um representante com tamanha envergadura que tenha em seu DNA esse combate à corrupção”, considera.
Sergio Moro ganhou visibilidade nacional como juiz da Operação Lava-Jato, a maior operação de combate à corrupção da história do Brasil. À frente da 13ª Vara Federal de Curitiba, em conjunto com a força-tarefa do Ministério Público Federal, ele combateu a lavagem de dinheiro, evasão de divisas e pagamentos de propinas, e levou à prisão políticos, empresários e lobistas, entre outros envolvidos, com destaque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os processos do petista, entretanto, foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou ter havido parcialidade d e Moro e incompetência da vara de Curitiba para julgar os processos.
Depois, Moro deixou a magistradura para ser ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas acabou se desentendendo com o presidente da República por supostas interferências em sua pasta. Em abril de 2020, ele pediu demissão ao ser informado por Bolsonaro de que o comando da Polícia Federal seria trocado. Em pronunciamento, o então ministro demissionário afirmou que “não poderia aceitar a substituição”, que foi considerada como interferência presidencial na hierarquia do ministério.
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O apresentador de TV José Luiz Datena anunciou que deixará o PSL, que se fundiu ao DEM para formar a legenda União Brasil, apenas quatro meses depois de se filiar à legenda, para ingressar no PSD, presidido por Gilberto Kassab. Datena era considerado possível candidato ao Palácio do Planalto, mas, com a filiação do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco ao PSD para disputar a Presidência, se depender de Kassab ele deve disputar vaga no Senado.