
Ovo
Amir Rajabi/PixabayOvo não é uma unanimidade. Há quem não viva sem e quem não goste de jeito nenhum. Há os alérgicos que não podem comer e os veganos, que não consomem nada de origem animal. E ainda os vegetarianos, que, dependendo da linha que seguirem, também podem descartar o ovo da alimentação (ou não, se for do grupo ovolactovegetariana vai comer ovos). Na literatura clínica, ele já foi visto como vilão e mocinho.

A nutricionista funcional e fitoterapeuta Adriana Stavro sugere adotar como hábito alimentar produtos assados e outras receitas que dependem de fermentação, emulsificação, umidade e ligação, mas sem ovos
Arquivo PessoalA nutricionista também tem ingredientes substitutos para ovos inteiros, ainda que algumas receitas peçam apenas clara ou gema: “A melhor substituição para a clara de ovo é a aquafaba – use 3 colheres de sopa (45ml) para cada clara que deixará de usar. E para a gema, a lecitina de soja é um ótimo substituto. Troque cada gema de ovo por 1 colher de sopa (14g) de lecitina.”
Quase todos os nutrientes que o corpo precisa podem ser encontrados no ovo. Mas temos uma diversidade de alimentos que podem fornecer nutrientes essenciais
Marina Viana, nutricionista, especialista em esporte, funcional e modulação intestinal
MACRO E MICRONUTRIENTES
A também nutricionista Marina Viana, especialista em nutrição esportiva, funcional e modulação intestinal, atesta que o ovo está entre os alimentos mais polêmicos da dieta, permeado por mitos relacionados a suas propriedades e de possíveis prejuízos à saúde.
Um exemplo é a associação entre o consumo de ovo e o aumento do risco de doenças cardiovasculares devido à quantidade de colesterol presente na gema. Mas o ovo é um alimento completo, com fonte de proteínas, minerais como ferro, fósforo, potássio, selênio e zinco, e vitaminas A, D e B12.

A nutricionista Marina Viana diz que as dietas sem ovos são seguras quando bem equilibradas, como todas devem ser, mas demandam uma avaliação e um diagnóstico nutricional
Tarcila Guedes/DivulgaçãoEla destaca ainda que devido ao teor proteico, o ovo costuma ser grande aliado de quem busca o aumento de massa muscular, além de promover saciedade.
E avisa: “Como todo alimento em excesso, ele também pode fazer mal ao organismo. De forma genérica, a recomendação diária é de uma porção de ovo ao dia (“Guia alimentar brasileiro”, 2008). Porém, conforme a individualidade do paciente, essa quantidade pode ser ajustada”.
As substituições demandam uma avaliação e um diagnóstico nutricional. Em termos nutricionais, os feijões são excelentes substitutos do ovo. Quando o paciente tem restrições (seja por ser vegano, vegetariano, alergia ou não gosta), os nutrientes que exigem atenção na prescrição do cardápio são: ferro, zinco, ômega-3, vitamina B12, cálcio e vitamina C.
IDEIAS CRIATIVAS DE SUBSTITUTOS*

Sementes de chia e linhaça são ótimas opções
Ulrike Leone/PixabayATENÇÃO E CUIDADO
Habitualmente, entre os 9 e os 12 meses são introduzidas na alimentação infantil. E a evolução para a cura ocorre em mais de 75% das crianças alérgicas. Os fatores de risco são histórico familiar, ter dermatite atópica e ter apresentado alergia prévia a outro alimento.
E os sintomas mais comuns são urticária, manchas vermelhas generalizadas pelo corpo, por vezes acompanhadas de edema, às vezes sinais gastrointestinais, com vômitos, dor abdominal e diarreia. Os sintomas aparecem logo após contato com o ovo, habitualmente minutos depois e no máximo uma hora após a ingestão.
A duração também é curta e resolve rapidamente de forma espontânea ou com medicação. E a alergia ao ovo em adultos é muito rara, mas podem ocorrer casos de alergia tardia, em que esta se mantém ativa desde a infância, sem cura.
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