
O que mais preocupa é que cada vez mais se observa o uso inadvertido do zolpidem, sem indicação adequada e sem acompanhamento médico
Christian Trick/PixabayIdeação e tendência suicida

Davi Teixeira Urzedo Queiroz, neurologista do Hospital Vila da Serra, alerta que estudos mostraram que o zolpidem pode causar alterações comportamentais e neuropsiquiátricas
Arquivo PessoalDavi Teixeira Urzedo Queiroz explica que alguns estudos mostraram que o zolpidem pode causar alterações comportamentais e neuropsiquiátricas, como transtorno depressivo e ansiedade: "Há, inclusive, estudos que mostram um risco aumentado de ideação e tendência suicida. Dessa forma, pacientes que já apresentam transtornos de humor não deveriam fazer uso do medicamento, a não ser que haja indicação médica e, quando houver, que o acompanhamento do paciente seja feito com bastante cuidado".
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Entre 2012 e 2021, o número de caixas comercializadas de zolpidem subiu 676%, segundo dados fornecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre janeiro e junho deste ano, 10,6 milhões de caixas do remédio foram comercializadas, o que representa mais da metade (55,6%) do total de 2021. A média de caixas vendidas por mês em 2020 foi de 1,94 milhão; em 2021, 1,58 milhão. Só no primeiro semestre deste ano, esse número chegou a 1,76 milhão.
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