Leclerc: dor de dente em plena corrida decorrente de um abscesso
ALFREDO ESTRELLA/AFP
No mais recente Grande Prêmio dos Estados Unidos, registrado em outubro (22), Charles Leclerc, piloto de Fórmula-1, da equipe Ferrari, não teve somente que competir contra seus adversários na pista, mas também contra um problema pessoal: uma intensa dor de dente. Mesmo demonstrando um desempenho competitivo durante todo o fim de semana no Circuito das Américas, o piloto enfrentou um domingo repleto de desafios. Leclerc terminou a prova na sexta posição e foi desclassificado por apresentar um desgaste maior que o permitido na prancha que fica no assoalho de sua Ferrari.
Além das questões técnicas e estratégicas, Leclerc enfrentou um desafio adicional. O piloto teve que lidar com uma dor de dente ao longo do fim de semana e compartilhou com a imprensa que estava tomando analgésicos fortes três dias antes. Ele também acrescentou que, apesar do desconforto, os medicamentos que tomou antes da corrida conseguiram aliviar a dor. O abscesso no dente, ao contrário de outras estruturas do corpo, demora a ser percebido pelo organismo por conta da rigidez do próprio dente e pelo fato de a infecção ficar dentro dele.
Quando a infecção é externalizada traz uma sensação de dor, falta de concentração, prejuízos sensoriais, cardíacos, entre outros. Para o cirurgião-dentista Marcos Laboissiere, quando uma infecção como tal atinge algum atleta de alta performance e não é vista precocemente, como o caso do próprio Leclerc, pode resultar em alterações no desempenho muscular, além da falta de concentração. ”Em pessoas comuns, uma infecção no dente não tratada precocemente já pode resultar em desequilíbrios de outras funções do corpo. Em atletas profissionais ou amadores, os prejuízos podem ser sentidos de maneira mais intensa”, explica Marcos. n
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