
O Manchester City derrotou por 3 a 0 o Arsenal, ontem, em jogo adiado da 28ª rodada do Campeonato Inglês, e postergou a festa do Liverpool, que sonhava em garantir matematicamente o título neste domingo, no clássico contra o Everton. Antes do jogo, foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da COVID-19 e depois jogadores e árbitros se ajoelharam no campo, gesto em protesto contra a morte do americano George Floyd. A partida foi realizada no Etihad Stadium vazio, sem a presença da torcida.
Raheem Sterling (45+2'), o belga Kevin de Bruyne (51') e o jovem Phil Phoden (90 1') foram os autores dos gols do City, que se vê distante 22 pontos do líder Liverpool, com 27 pontos a disputar. O Liverpool precisa apenas de duas vitórias para conquistar seu primeiro título inglês em 30 anos. Além da inferioridade técnica, o Arsenal ainda se viu prejudicado pela desastrosa atuação do zagueiro brasileiro David Luiz, que errou no primeiro gol do City, cometeu um pênalti em Riyad Mahrez e foi expulso.
Também ontem, porém, mais cedo, o Aston Villa (19º) e o Sheffield United (6º) empataram sem gols, na primeira partida na Inglaterra após três meses de suspensão do futebol devido à pandemia do coronavírus. A partida, porém, ficou marcada por um problema técnico do VAR. Nos minutos finais do primeiro tempo, após uma falta levantada na área pelo Sheffield United, a bola foi defendida pelo goleiro do Aston Villa Orjan Nyland, que foi empurrado para dentro de seu próprio gol pelo companheiro Keinan Davis.
Apesar de a bola parecer ter claramente cruzado a linha do gol, de acordo com as imagens da televisão, o árbitro não validou o gol, afirmando não ter recebido o sinal da tecnologia, criada exatamente para este tipo de jogada. Com o resultado, o Aston Villa permanece na zona de rebaixamento, mas se aproximou a três pontos da salvação, enquanto que o Sheffield United está a um ponto do quinto lugar, ocupado pelo Manchester United, e segue sonhando com uma vaga europeia na próxima temporada.

DE JOELHOS 122968
A primeira das 92 partidas que faltam para concluir a temporada na Inglaterra começou com um minuto de silêncio, uma homenagem às vítimas da pandemia do coronavírus e aos funcionários da saúde que a combatem, e com um protesto contra o racismo social. Antes do apito inicial, os jogadores das duas equipes, assim como os árbitros, se ajoelharam dentro de campo, um gesto que se popularizou no mundo após a morte do americano George Floyd, um negro assassinado por um policial branco em Mineápolis, nos Estados Unidos, em maio.
Nos 12 primeiros jogos desta retomada da Premier League, todos os jogadores usarão a frase "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) no lugar de seus nomes nas camisas, nome do movimento que tomou a frente da luta contra o racismo.