Vida alienígena? Veja o que já se sabe sobre o planeta K2-18 b
Cientistas encontraram gases que podem ser indícios de vida em outro planeta fora do sistema solar
compartilhe
Siga noA descoberta de vida em outro planeta pode estar cada vez mais próxima. De acordo com artigo publicado na última quarta-feira (16/4) na revista científica Astrophysical Journal foram detectados, na atmosfera do planeta K2-18 b, gases que são produzidos por processos biológicos na Terra.
Para os estudiosos, esses são sinais mais fortes até agora de possível vida além do sistema solar. A descoberta foi conduzida por uma equipe de cientistas da Universidade de Cambridge, nos Estados Unidos, através da observação do telescópio espacial James Webb.
Leia Mais
Os dois gases — dimetil sulfeto (DMS) e dissulfeto de dimetila (DMDS) — são gerados na Terra por organismos vivos, especialmente pelas algas marinhas. Tratam-se de impressões químicas de processos biológicos por aqui.
Vale destacar que, apesar de a descoberta empolgar os cientistas, ainda não se trata de uma prova de que há vida extraterrestre. É apenas um indício de que pode haver vida microbiana no planeta, por meio de uma “bio”.
“Esses são os primeiros indícios de um mundo alienígena possivelmente habitado”, disse o astrofísico Nikku Madhusudhan, responsável pelo estudo. Ele deixa claro que, se houver vida no K2-18 b, é provável que se trate de micróbios, possivelmente semelhantes aos encontrados nos oceanos da Terra.
Já sobre organismos multicelulares, o cientista pede cautela. “Não podemos responder essa pergunta neste estágio. A suposição básica é de vida microbiana simples”, esclarece.
“Primeiro, precisamos repetir as observações duas ou três vezes para garantir que o sinal é real e aumentar a significância da detecção, até que a probabilidade de erro estatístico seja menor que uma em um milhão”, acrescenta.
Também é preciso conduzir estudos para garantir que não se trata de outro tipo de estrutura que esteja produzindo os gases.
O que tem no K2-18 b?
K2-18 b tem massa 8,6 vezes maior que a Terra, com 2,6 vezes mais de diâmetro. Ele está a cerca de 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão.
Ainda não é possível falar se o planeta seria capaz de abrigar os seres humanos. “É uma pista. Mas ainda não podemos concluir que seja habitável", afirmou o cientista planetário da Universidade Johns Hopkins, Stephen Schmidt, ao jornal The New York Times.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
Ele esclareceu que, primeiro, é preciso descobrir se há vida no planeta. Só depois será possível entender as condições que permitem que esses organismos sobrevivam.