
Habemus "tecnicum"!
"Independentemente do futuro político da CBF, torço para que Ancelotti consiga fazer o Brasil reencontrar seu melhor futebol"
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Como na escolha do novo papa, havia grande expectativa pelo nome para comandar a Seleção Brasileira. E ele veio da Itália, onde fica o Vaticano. Como desejava desde o início o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, Carlo Ancelotti é o novo técnico do Escrete Canarinho. Uma aposta importante do mandatário do nosso futebol no momento em que volta a ter a posição questionada tanto dentro quanto fora do futebol.
Ao apostar no laureado treinador, ele busca ganhar um respiro no cargo, um dos mais cobiçados do país. E nada melhor para isso do que conquistar o hexa na Copa do Mundo de 2026, que terá jogos no Canadá, nos EUA e no México.
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Há garantias de que isso ocorrerá? Obviamente que não. Mas ao menos ele se posiciona como um cartola que tentou fazer algo diferente para que a Seleção reencontre o caminho da taça, conquistada pela última vez em 2002, no Mundial da Coreia e do Japão.
Independentemente do futuro político da CBF, torço para que Ancelotti consiga fazer o Brasil reencontrar seu melhor futebol. Ele conhece bem a maioria dos nossos principais jogadores, que atuam ou atuaram na Europa. E também a nossa história, o nosso DNA.
Dentro dos gramados, jogou ao lado do craque Falcão, com o qual foi campeão italiano e de três Copas da Itália pela Roma. No Milan, atuou com o atacante Giovane Élber.
Já à beira do campo, comandou atletas como o lateral-direito Zé Maria, no Parma, e o lateral-esquerdo Athirson, na Juventus. No Milan, contou com brazucas para fazer história, entre eles o goleiro Dida, o lateral-direito Cafu, o zagueiro Roque Júnior, o lateral-esquerdo Serginho, o volante Emerson e os armadores Rivaldo, Kaká e Amoroso, além do “bruxo” Ronaldinho Gaúcho. A parceria ítalo-brasileira seguiu no Chelsea (com o lateral/volante Belletti, o zagueiro David Luiz e o volante Ramires), no PSG (com o zagueiro Thiago Silva e o armador Lucas Moura) e também no Bayern de Munique (com o lateral-direito Rafinha e o atacante Douglas Costa).
Mesmo no Real Madrid recheado de astros, ele continuou contando com os brasileiros. Entre 2013 e 2015, teve o lateral-esquerdo Marcelo e o volante Casemiro como pilares da equipe. Já desde 2021, o zagueiro Éder Militão e os atacantes Vinicius Júnior e Rodrygo foram protagonistas, além de ele ter aprovado a chegada de Endrick.
Apesar de toda essa experiência e o currículo vencedor, ele não estará livre de cobranças. Precisará de paciência e imaginação para fazer o escrete Canarinho jogar bem. Afinal, por aqui, não basta ganhar. É preciso dar espetáculo.
Clássico
Domingo, no Mineirão, Cruzeiro e Atlético fazem mais um clássico, desta vez pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo com os tradicionais rivais tendo compromissos pela Copa Sul-Americana neste meio de semana, os torcedores só pensam no duelo que se avizinha, que promete ser mais uma vez muito disputado.
Espero um grande jogo pelo potencial de Raposa e Galo. Só lamento pelo horário – 20h30 – e pela presença apenas da torcida do mandante, no caso, a do Cruzeiro. Sei que não há mais condições de termos torcida dividida. Mas 10% de ingressos para o visitante é totalmente possível, desde que todos contribuam para isso, das diretorias às forças de segurança, dos torcedores aos es dos estádios.
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Torço, ainda, para que a arbitragem comandada por Flávio Rodrigues de Souza, da Federação Paulista de Futebol, esteja em noite inspirada e não cometa erros. O futebol mineiro merece um grande espetáculo.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.