Música

Armandinho faz o show "Eternos Dodô e Osmar" no Distrital

Acompanhado do irmão André Macedo, o cantor, compositor e guitarrista promete um repertório com os grandes hits da música baiana

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Um dos maiores instrumentistas brasileiros desembarca na capital mineira para uma única apresentação neste sábado (12/4), às 20h, no Distrital. Trata-se do cantor, compositor e guitarrista baiano Armandinho Macedo, que vem acompanhado do irmão André para o show “Eternos Dodô e Osmar”. O repertório traz os grandes hits da música baiana e alguns sucessos da banda A cor do Som, da qual o artista foi um dos fundadores.

Armandinho conta que está trazendo André, que é o cantor oficial do trio elétrico de Dodô e Osmar. “O Moraes Moreira foi o nosso primeiro cantor. Antes, era apenas música instrumental, e certo dia o levei para ear no trio elétrico e ele resolveu cantar. Então, virou um trio de cantor, e depois André continuou. Nesse show, toco mais que canto, pois toco guitarra baiana e André comanda o vocal”, revela Armandinho.

Os dois músicos vão se apresentar acompanhados por uma banda mineira, formada por Will Motta (teclados), Luiz Paulo (bateria), Hairlan Rodrigues (baixo) e Maycon Brasil (percussão). “Minas é inteirada com a música baiana”, afirma. Armandinho avisa que o repertório do show será mais festivo, mais carnavalesco. “Tudo isso, mais a guitarra baiana, mais Dodô e Osmar, que foi uma referência para tudo que veio depois, como o Chicletes com Banana, Carlinhos Brown, Durval Lélis, Daniela Mercury, enfim, toda essa galera."

“Temos tido muitas homenagens desses continuadores de uma história musical importante”, ressalta o artista. “O trio elétrico de Dodô e Osmar continua firme, nasci e vou morrer nele. Às vezes, as pessoas me perguntam quando entrei para o trio elétrico. Digo que entrei quando nasci, porque desde que me entendo por gente via meu pai saindo de casa com aquele caminhão iluminado. Isso, no final dos anos 1950, que foram os últimos anos em que ele tocou.”

O guitarrista conta que, depois que o pai parou, ele retomou o trio elétrico e o colocou em disco e nas ruas. “Já tocava desde os 10 anos, quando meu pai fazia trio elétrico mirim para mim. Mas foi em 1974 que comecei com o meu trio Armandinho, Dodô e Osmar. Fizemos 50 anos no ano ado, então é uma banda que a gente mantém nesse meio século de vida, fazendo uma música trieletrizada. Temos até uma escola de guitarra baiana, comandada pelo meu irmão Haroldo Macedo, que ensina meninos de escola pública. E tem alguns profissionais de percussão e guitarra baiana tocando que já chamo para tocar comigo.”

“É muito bacana ver que a gente cria uma escola de músicos e com um instrumento que é específico da música trieletrizada”, orgulha-se Armandinho. “Apesar de que pode se tocar qualquer música com ele, mas que tem essa linguagem que, através dos tempos, em discos que são, praticamente, a nossa história musical. Digo sempre que reinventei a guitarra baiana, pois era um instrumento que meu pai tocava que era um cavaquinho com afinação de bandolim. Ele foi eletrificado por Dodô, que era um supereletrotécnico. Então, foi a partir da eletrificação é que veio a ideia de meu pai de colocar o trio na rua.”

Armandinho conta que Dodô ligava o instrumento em uma bateria de carro e o trio saía pelas ruas de Salvador. “Meu pai tinha a ideia de ser músico, mas acabou não sendo, pois virou para o mundo da construção civil. Fui a pessoa que, praticamente, ele criou para levar a nossa história musical pra frente. Na época, os instrumentos eram o cavaquinho e o violão elétrico, mas no meu tempo entraram a guitarra, o rock, Beatles e Jimmi Hendrix, e eu fiz essa fusão. Comecei a transformar o cavaquinho elétrico em uma guitarra. Foi uma fusão musical que gerou isso. Antes se chamava cavaquinho elétrico, porém, dei o nome de guitarra baiana.”

“Fui eu quem batizou com esse nome e acabei colocando uma quinta corda, afinada em dó”, revela o guitarrista. “Então, reinvento a partir daí, quando começo a acrescentar elementos que não eram comuns ao instrumento, e começo também a fazer a fusão do meu cavaquinho com a guitarra. Aí, chamei de guitarra baiana e comecei a colocar esse nome nos discos, e todo mundo aceitou. O pessoal fala que sou o inventor da guitarra baiana, mas sempre digo que não, contando a história de Dodô e Osmar, por onde tudo começa.”

Repertório em BH

Armandinho revela que, para esse show, os dois tocarão também algo de A Cor da Som, como “Zanzibar”. "É uma música minha que toca muito no carnaval. Tem também 'Beleza Pura', que cantei de Caetano Veloso, que faço também muitas vezes nos shows do trio elétrico. Nesse show, vou tocar os maiores sucessos do carnaval. É um show festivo e o mineiro é inteirado com a música do carnaval da Bahia. Estou levando o que seria os hinos do carnaval. Quero fazer uma retrospectiva do carnaval e levar essa alegria, essa festa que a gente vive na Bahia. Tenho vindo a Minas Gerais, tanto com o trio elétrico quanto com 'A cor do som', e sempre fui bem recebido pelo público mineiro.”

Ele lembra que umas das últimas vezes que esteve em BH foi no ano ado, durante uma apresentação de Saulo e Luiz Caldas, no PA. “Entrei no palco e foi uma felicidade a forma que o público me recebeu. São dois mestres, Luiz é o rei do axé e Saulo, dentro do carnaval mais novo, é um dos caras que traz essa história do trio. Ele tem um histórico forte comigo e com Luiz Caldas. Estou integrado a tudo isso e foi por isso que o público me recebeu tão bem. Então, o povo pode esperar uma grande festa, com um som trioeletrizante, pois somos os eternos Dodô e Osmar.”

“ETERNOS DODÔ E OSMAR”

Neste sábado (12/4), 20h, no Distrital, Rua Opala, s/n, Bairro Cruzeiro, show com os irmãos baianos Armandinho Macedo e André Macedo. Ingressos: R$ 45. Informações: 3284-0709.

OUTROS SHOWS

>>ROCK NO MINASCENTRO

Os músicos Rodrigo Fernandes e Bruno Rizzo se apresentam nesta sexta (11/4), 20h, no Grande Teatro BeFly Minascentro (Av. Augusto de Lima, 785, Centro). O show acústico “Uma noite inesquecível” traz uma releitura de grandes sucessos do rock and roll. Com 20 anos de carreira, a dupla acumula mais de 2,8 milhões de visualizações no YouTube, e seu repertório traz hitz como “Forever”, da banda Kiss, “Livin on a Prayer”, de Bon Jovi, e “Zombie”, música eternizada na voz de Dolores O’Riordan, entre outros. Ingressos: R$ 135 (inteira, setor I), R$ 67,50 (meia, setor I), R$ 120 (inteira, setor II), R$ 60 (meia, setor II), R$ 105 (inteira, setor superior) e R$ 52,50 (meia, setor superior). Informações: 3995-5775.


>>>PAGGODIN DO LÉO SANTANA

O músico baiano se apresenta neste sábado (12/4), 15h, no espaço Star 415 Eventos (Rua Star, 415, Bairro Jardim Canadá, Nova Lima), com a turnê “PaGGodin”. O evento traz ainda as participações de Rodriguinho, Mr. Dan e o grupo mineiro de samba e pagode Akatu. O artista promete uma apresentação diferente do que os fãs estão acostumados a ver. São mais de quatro horas de show, com uma mistura de pagode com o suingue do músico baiano. Ingressos: R$ 362 (inteira, camarote), R$ 181 (meia, camarote), R$ 282 (inteira, área vip), R$ 141 (meia, área vip), R$ 162 (inteira, pista) e R$ 81 (meia, pista). Informações: 99630-7854.

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