MÚSICA CLÁSSICA

Sinfônica de Minas dedica o concerto desta semana ao povo brasileiro

Peças de Alexandre Kanji, Guarnieri e Villa-Lobos remetem aos índígenas, a Tiradentes e ao trabalhador, com sessões hoje e quarta (30/4) no Palácio das Artes

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Entre 19 de abril e 1º de maio, o Brasil celebra três datas importantes: os dias dos Povos Indígenas, de Tiradentes e do Trabalhador. Inspirada por essas comemorações, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) faz o concerto “Homenagem aos brasileiros”, reunindo no programa referências às três datas. A prévia do espetáculo será apresentada nesta terça-feira (29/4), ao meio-dia, com entrada franca. O concerto completo de amanhã, às 20h, terá ingressos a preços populares.

Haverá a estreia mundial de “A lenda do boto cor-de-rosa”, peça escrita por Alexandre Kanji, violinista da OSMG, durante viagem a Manaus, capital do Amazonas.

A regente Ligia Amadio considera fundamental destacar obras inéditas no repertório sinfônico brasileiro. “Um dos papéis das orquestras é interpretar a música contemporânea, feita nos tempos atuais. Nós, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, cumprimos esse papel sempre que podemos, com a maior frequência possível, fazendo primeiras audições de obras de brasileiros e principalmente mineiros. É uma coisa muito importante para a gente”, afirma.

Um dos destaques será a “Suíte Vila Rica”, de Camargo Guarnieri, baseada na trilha sonora do filme “Rebelião em Vila Rica” (1957), dirigido pelos irmãos mineiros Renato e Geraldo Santos Pereira. Trata-se de um dos primeiros longas coloridos produzidos no país.

“O filme faz uma referência alegórica ao período em que aconteceu toda a saga do nosso Tiradentes. Alguns personagens têm nomes dos personagens da época em que ele viveu, como Tomás Antônio Gonzaga, a musa Marília, o próprio Tiradentes e o traidor Joaquim Silvério”, explica Amadio.

A composição de Guarnieri traz influências de modinhas, toadas, cantigas infantis e danças africanas, além da viola caipira.

Villa-Lobos

O Dia dos Povos Indígenas é contemplado por meio das “Bachianas brasileiras nº 7”, de Heitor Villa-Lobos. “A obra tem várias influências não só indígenas, mas da música negra, da música urbana e de tudo o que forma a grande sopa cultural que é o Brasil”, comenta Ligia Amadio.

Fechando o espetáculo, o “Concerto carioca nº 2” composto em 1964 por Radamés Gnattali, terá a participação dos solistas Hercules Gomes (piano), Danilo Penteado (contrabaixo) e Lucas Casacio (percussão). “É uma obra excepcional”, diz a regente da OSMG.

“Oferecemos o concerto para o nosso público e para nós mesmos, uma visita a essa cultura tão rica que é a nossa, com compositores espetaculares que temos no Brasil. É o nosso presente para o trabalhador, um dia antes do Dia do Trabalho”, conclui Ligia Amadio.


“HOMENAGEM AOS BRASILEIROS”

• Concerto da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e solistas convidados
• Regência: Ligia Amadio
• Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537. Centro).
• Prévia nesta terça (29/4), às 12h, com entrada franca
Programa completo amanhã (30/4), às 20h, com ingressos a R$ R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), à venda na plataforma Eventim e na bilheteria da casa

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